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SxSW 2016

A melhor frase do Facebook (Rui Piranda)

14.03.16

A melhor frase do Facebook: "Price is only ever an issue in the absence of value."

A palestra "Acquiring Subscribers in a Digital World" começou forte com a Gwen Throckmorton, US Head of Industry do Facebook, dizendo que estamos na era do Mobile Addiction (viciados em nossos smartphones).

E ela demonstrou. Atingimos 50 milhões de usuários em apenas dois anos. Só para você ter uma ideia, demoramos 38 anos para alcançar o mesmo número com a TV. Este dado já deveria fazer com que a gente mudasse toda a nossa estratégia de contato.

Mas... temos outros grandes impactos. Um estudo sobre como consumimos nossas horas constata a simultaneidade com que vivemos cada momento.

Diga-se de passagem, “momento” é a palavra da vez este ano. Google fala de "micromoments" e tudo que se refere a mobile passa por entender o momento. Por quê? Porque acessamos nosso celulares mais de 100 vezes por dia e ficamos apenas algumas dúzias de segundos. Isso impacta diretamente nosso jeito de consumir conteúdo. É preciso entender e aproveitar estes minutos. Não precisa ficar ansioso. Não vão faltar oportunidades de contato. O acesso às telas, enquanto estamos nos mais diferentes lugares, nos dá em média 8 horas a mais no dia.

Sim, nosso dia, segundo o Facebook, tem quase 32 horas. E o que fazer com tudo isso? O mobile, com suas ferramentas de reconhecimento, nos permite saber o que você faz nessas 8 horas, para onde você olha.

Estamos vivendo o que o Facebook chama de “A era do Relationship Business”. E este novo tempo tem suas regras.

Vamos lá:

1) Fale com pessoas, e não com usuários (parece óbvio, mas não é e... é bem dificil fazer).

2) Engaje as pessoas. Não somos mais Content Creators, o sarrafo subiu para Content Aggregators.

3) Saiba o que as pessoas querem. Sempre. (É possível). Gente grande da mídia já aprendeu a lição (que muda sempre): o New York Times. Eles estão em múltiplas plataformas. Analisam o comportamento das pessoas. Entendem o que interessa a cada um, em diferentes horários. Participam dos “momentos”. Compartilham notícias que dialogam com cada momento. Objetivam (e conquistam) o compartilhamento das pessoas. E, aí, oferecem um mês de acesso grátis ao jornal. Pra quê? Para aprenderem mais sobre a navegação e os hábitos das pessoas, de acordo com os acessos aos seus conteúdos. E... passam a oferecer assinaturas de acordo com as preferências das pessoas e nos momentos de sua preferência. Resultado: redução em 25% no custo de aquisição de novos assinantes e mais do que o dobro de assinantes conquistados com outras estratégias. Conclusão do New York Times: "we all have a story to tell" (e é isso que não tem preço).

Rui Piranda
Diretor Executivo de Criação
FCB Brasil

Leia texto anterior do Rui aqui.

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