arrow_backVoltar

Assédio sexual e discriminação

Ex-diretora de conteúdo acusa Innocean e CCO

09.03.18

Uma ação judicial movida por uma ex-executiva da Innocean Worldwide (da Hyundai) acusa a agência e seu principal criativo de assédio sexual, discriminação, retaliação e rescisão injustificada.

De acordo com o processo, a ex-diretora de conteúdo  Victoria Guenier disse que sofreu assédio repetidas vezes sob o comando do CCO Eric Springer. Ela teria relatado a situação a Springer, antes de ser forçada a deixar o trabalho, no último mês de maio.

As partes nomeadas no caso, tratado pelos advogados Jennifer A. Clingo e Christopher P. Epsha, incluem não apenas a Innocean e Springer, mas também 100 "John Does" (termo usado para pessoas desconhecidas), que seriam os funcionários da agência que supostamente facilitaram o abuso continuado ao se recusarem a atuar sobre as repetidas queixas de Victoria e de outras mulheres.

A Adweek informa que a empresa de relações públicas da Innocean ainda não respondeu aos "repetidos pedidos" de comentários sobre o caso. A publicação também declara que não teve resposta de Springer até o momento.

A Innocean contratou Victoria Geunier como produtora executiva em abril de 2016. Segundo o processo, Springer teria começado a maltratá-la assim que se juntou à empresa."Springer empregava rotineiramente um estilo de bullying e assédio, que incluía intimidação, ao gritar e insultar verbalmente, além de amaldiçoar os funcionários", diz o processo.

O documento afirma ainda que Springer criou "um ambiente de trabalho hostil" para muitas mulheres que passaram a temer sua "conduta imprevisível e/ou explosões no local de trabalho".

O processo também alega que o líder criativo discriminou as profissionais mulheres empregando linguagem sexualmente sugestiva ou misógina, depreciando-as na frente de colegas e iniciando contato físico indesejado. Por exemplo, segundo o texto, Springer "se envolveu em um toque ilegal batendo [em Victoria Guenier] em sua retaguarda ao cumprimentá-la em duas ocasiões distintas".

O documento cita várias outras atitudes impróprias por parte de Springer, como ter se dirigido a Guenier chamando-a por apelidos como "Queenie" e "honey bunny".

O escritório de advocacia da Innocean apresentou uma resposta na qual argumentou que Victoria Guenier não provou que sofreu "qualquer prejuízo, dano ou perda por qualquer ato de omissão ou negligência" por parte da agência, de Springer ou o dos 100 "John Does" nomeados no processo. A empresa também afirmou que Guenier "esperou por muito tempo" para apresentar a denúncia.

Com Adweek.

Assédio sexual e discriminação

/