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Cannes Lions 2015

O que pensam os jurados (João Daniel Tikhomiroff)

10.06.15

O Clubeonline apresenta um bate-bola sucinto e objetivo com todos os jurados que irão representar o Brasil no Cannes Lions, este ano.

Acompanhe abaixo o que tem a dizer João Daniel Tikhomiroff, da Mixer, presidente do júri de Film Craft.

1. Nome, cargo e há quantos anos comparece ao Cannes Lions.

João Daniel Tikhomiroff, fundador e sócio-diretor da Mixer. Vou ao festival há cerca de 30 anos.

2. É sua primeira vez como presidente de júri neste Festival? Qual a importância deste convite?

Já fui jurado outras tantas vezes, mas como presidente essa é a primeira. Também é a primeira vez que um diretor/produtor latino-americano vai como presidente do júri. É uma honra que deve ser comemorada como reconhecimento à minha trajetória e ao meu momento com a Mixer, que foi uma das pioneiras em mesclar publicidade e conteúdo.

3. Como você está se preparando para o julgamento?

Assistindo a várias peças inscritas, determinando os critérios ao meu júri, além de trocar ideias com alguns presidentes de júri de outras áreas, para melhores escolhas.

4. Já viu trabalhos, nacionais ou internacionais, na sua categoria ou em outras, nos quais aposta?

Sim. Tenho assistido a vários. Mas não posso, como presidente do júri, dar qualquer indicação de preferências, nem mesmo em outras categorias, por motivos éticos.

5. De modo geral, quais suas expectativas em relação ao desempenho do Brasil, este ano, no Festival?

No Festival - em geral - tenho as melhores expectativas quanto ao desempenho do Brasil. Quanto à minha categoria, de Film Craft, é sempre muito difícil, pois lá fora as verbas e prazos são muito maiores - e a ousadia nos outros países é muito forte, pelo fato da maioria ser para a internet (com verbas milionárias) e não para o break da TV convencional, como no Brasil. Isso dá uma vantagem enorme, tanto nas ideias, tempo de duração, quanto no formato. E é claro que o Craft fica num nível de excelência bem alto. Mas o Brasil tem algumas boas peças e vamos observar como se comportam durante a disputa e o que vai aparecer lá. Minha obrigação como presidente do júri é buscar premiar os melhores, sejam de onde forem.

6. O Cannes Lions virou um grande Festival, com mais categorias a cada ano e no qual as agências brasileiras investem um grande montante de dinheiro, não só em inscrições, mas também no envio de suas equipes. Você mudaria alguma coisa no Festival, se pudesse?

Existem algumas críticas ao tamanho do Festival, mas ele é cada vez mais importante e relevante ao setor. E temos que aplaudir sua evolução e sucesso. Eles saberão melhor que nós como seguir evoluindo e acompanhando as mudanças do mercado.

7. Como avalia a qualidade das palestras e a infraestrutura do evento?

Muito boas.

8. O fato de agora haver um grande número de ‘celebridades’ anunciadas dentre os palestrantes te parece um diferencial atraente?

Sem dúvida. Qualquer festival que queira ter relevância, inclusive em termos de prêmios, precisa ter mídia, ser notícia espontânea, ganhar as telas e folhas dos noticiários, em geral. E assim vai conseguindo a notoriedade.

9. Recomenda alguma palestra nesta edição do Festival?

Imperdível a do Sir Kenneth Branagh! E deve ser interessante também a do Rana Allen, supervisor de efeitos visuais, diretor e produtor-executivo da The Mill, de NY. Ele é fera!

10. Algo mais?

Apenas desejar a todos que aproveitem o máximo do Festival, e deixem a praia e passeios pra depois...

Leia anterior, com o jurado Emerson Braga, da Revolution, aqui.

Todas sobre Cannes aqui.

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