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Big Data to Better Data (Rui Piranda)
Big Data to Better Data. Acho que esta foi a frase que fez valer o meu dia aqui em Cannes. Sei que na maior parte das vezes a gente nem sabe o que fazer com o Big... Mas já quero partir para o Better.
Quem disse esta frase foi o chines Sy Lou, Senior Executive Vice Presidente da Tecent. Lou foi eleito Cannes Lions Media Person of the year. Ele fala de digital como algo tão históricamente revolucionário como foi a invenção da eletricidade. Sua palestra misturou muitas vezes liberdade com empoderamento (tipo crescimentos individuais e globais).
Ele estava emocionado porque hoje era Dia dos Pais na China, mostrou fotos dos filhos, falou dos últimos presentes que comprou para eles: uma impressora 3D para a filha e um computador para desenvolvimento de códigos digitais para o filho. Por que ele contou isso? Para contextualizar, de maneira pessoal, os estrondosos números do comportamento digital chinês. Mostrou como política, tecnologia e cultura andam superlativamente entrelaçados por lá.
Este seminário encerrou o dia em que minha manhã (e parte da tarde) foram marcados pelo tema dos Fóruns de Cannes deste domingo: Visual Language.
Misturo aqui o que vi de design visual com a sensação que o seminário da China provocou em mim.
E o que foi mostrado nos Foruns? De um tudo... menos filmes de 30 segundos. Longe de dizer que o formato está condenado. Mas o assunto foi infinitamente outro.
Um dos palestrantes, Vin Farrel, Global Chief Content Officer da Havas, falou sobre filmes aéreos colaborativos. Leia-se: pessoas que pagam para voar em helicópteros sobre NY, filmam, e depois postam ou vendem seus conteúdos para marcas. Farrel decretou: o negócio da propaganda mudou e vai mudar ainda mais por conta da intensa produção individual de vídeos e fotos. Por essas, e por outras, que as marcas têm que se superar.
Hoje, artistas divulgam seus trabalhos nas redes sociais em posts lindíssimos. Cidades, restaurantes, griffes e museus contam com celebridades digitais para falar de seus conteúdos. E, por falar em museus, encerro este texto descrevendo o fantástico Fórum capitaneado pela produtora Fake Love. Veja o título: The fine line between art and experimental marketing. O palco foi dividido pelos sócios Josh Horowitz e Layne Brounstein (ambos com formação em arte). Eles produzem conteúdo que mistura experiências on e off, videos e ações interativas. Onde tudo isso é feito? Desde vagões de trens que cruzam os EUA numa ação da Levi's, galpões que viram game places para o carro Lexus e até galerias de arte e museus, palcos de intensos conteúdos de marcas.
Sim, o marketing não apenas influencia a cultura (isso já é muito). Está ganhando espaço dentro de templos até então fechados para a publicidade.
Better for us.
Rui Piranda, diretor de criação na FCB Brasil