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Cannes Lions 2016

O que pensam os jurados (Luis Padilha)

11.05.16

Clubeonline apresenta um bate-bola sucinto e objetivo com todos os jurados que irão representar o Brasil no Cannes Lions, este ano.

Acompanhe abaixo o que tem a dizer Luis Padilha, Media VP Latin America no Grupo Havas e jurado de Media.

1. Nome, cargo e há quantos anos comparece ao Cannes Lions.
Luis Padilha. Media VP Latin America no Grupo Havas. Vou a Cannes desde 2010.

2. É sua primeira vez como jurado neste Festival? Qual a importância deste convite?
Sim, é minha primeira vez. É como ser escalado para jogar a Copa do Mundo. A gente sabe que não é fácil, por melhor que seja o ​profissional localmente, ser selecionado pela organização global do evento para esta participação. Entendo que minha experiência de 8 anos fora do Brasil possa ter ​me ​ajudado nesse convite por parte da organização.

3. Como você está se preparando para o julgamento?
Como já estive presente nos últimos anos em Cannes, e também participei como jurado em outros prêmios do mercado, entendo a dinâmica de como devem ser as sessões. Ainda assim, espero que seja uma experiência muito rica pelos debates que existirão sobre os critérios de votação. São muitas nacionalidades diferentes dentre os jurados, mas entendo que a qualidade universal fará com que um bom trabalho de mídia tenha mais condições de receber um prêmio. Também pretendo entrar em contato com os outros jurados de mídia, de outros ​países. Acho que isso tem o potencial de criar uma aproximação e facilitar as discussões durante as sessões de julgamento.

4. Já viu trabalhos, nacionais ou internacionais, na sua categoria ou em outras, nos quais aposta?
Os trabalhos serão disponibilizados para o júri somente na semana anterior ao evento. Ainda assim, a tendência será a mesma de outros anos: cases com potencial de impacto positivo na sociedade, numa marca/indú​s​tria ou aqueles que possam até mudar modelos de negócio estabelecidos.

5. De modo geral, quais suas expectativas em relação ao desempenho do Brasil, este ano, no Festival?
Entendo que, pelo momento político econômico que vivemos no Brasil, a crise se encarregará naturalmente de reduzir a quantidade de inscrições. Por outro lado, espero que a qualidade dos cases in​s​critos seja superior. As próprias agências estão filtrando só aquilo que realmente pode ter impacto de conversão​. ​Então​,​ acho que o Brasil será, mais uma vez, um dos países foco do festival.

6. O Cannes Lions virou um grande Festival, com mais categorias a cada ano e no qual as agências brasileiras investem um grande montante de dinheiro, não só em inscrições, mas também no envio de suas equipes. Você mudaria alguma coisa no Festival, se pudesse?
Cannes hoje é muito mais do que um reconhecimento à criatividade. É um grande network de pessoas do mercado com um interesse comum: construção de marcas. Entendo que o evento tem se reinventado constantemente e eu não mudaria nada. A própria necessidade do mercado em se transformar sempre esteve refletido na mensagem que o festival passa para o mundo: uma boa ideia tem muito valor e não importa de onde ela venha.

7. Como avalia a qualidade das palestras e a infraestrutura do evento?
Excelente. De todas formas ser​ia interessante ter mais variedade de temas. como acontece no SXSW.

8. O fato de agora haver um grande número de ‘celebridades’ anunciadas dentre os palestrantes te parece um diferencial atraente?
Com certeza. Acho que isso faz parte da cultura do festival.

Leia anterior com entrevista com Domênico Massareto, jurado de Mobile Lions, aqui.

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