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O que pensam os jurados – Fernando Machado (Burger King)
O Festival de Cannes se aproxima e o Clubeonline ouviu os jurados brasileiros desta edição para saber o que esperam do Cannes Lions 2017.
Começamos com Creative Effectiveness, categoria criada em 2011. Nesse júri, o brasileiro presente é Fernando Machado, head of brand marketing da rede Burger King. Neste bate-bola, ele comenta que, se tivesse que mudar algo no Festival, uma das medidas seria diminuir o número de pontos do shortlist e aumentar o de prêmios.
No ano passado, o Brasil não teve peças no shortlist de Creative Effectiveness. Em 2015, foram dois Leões (uma Prata e um Bronze). E em 2014, um (até então não havia classificação em Ouro, Prata e Bronze). Nos anos anteriores, campanhas brasileiras não passaram para o shortlist. O Grand Prix de 2016 foi para “Monty’s Christmas”, da Adam&Eve DDB, de Londres, para a rede John Lewis (leia mais detalhes aqui e veja mais abaixo o vídeo da campanha).
O júri deste ano é presidido por Jonathan Mildenhall, CMO global do Airbnb. Os cases de Creative Effectiveness serão premiados pelo impacto e resultados (50%), pela estratégia (25%) e pela ideia (25%).
O Festival Internacional de Criatividade acontece entre os dias 17 e 24 de junho. Confira a composição de todos os júris aqui.
Para ler todas as notícias sobre o Cannes Lions 2017, clique aqui.
1 – Nome, cargo e há quanto tempo comparece ao Festival de Cannes.
Fernando Machado, head of brand marketing do Burger King. Vou a Cannes todos os anos desde 2011.
2 – Este ano, júris estão reduzidos, uma decisão para melhorar a qualidade dos debates, de acordo com a organização (Nota da Redação: Creative Effectiveness está entre as categorias com um corpo de jurados menor em relação a 2016). Como avalia o papel do jurado? Que desafios ele enfrenta?
O jurado tem um papel fundamental em ajudar a dar direção ao que é valorizado na indústria. Campanhas que ganham prêmios em Cannes tendem a influenciar toda a indústria. Logo, nós temos uma responsabilidade grande. O principal desafio é ser imparcial e valorizar criatividade mesmo quando ela tenha contexto cultural diferente do seu.
3 – O que já conseguiu acompanhar da sua categoria? Resultados em outros festivais? Tendências da área? Campanhas que têm se destacado no mercado, nas redes sociais e na mídia especializada?
Julgo na categoria de Effectiveness. Logo as peças já receberam algum reconhecimento prévio em Cannes (visto que esse é um dos critérios para concorrer [Nota da Redação: entram na disputa cases que já conquistaram um Leão ou entraram no shortlist em edições anteriores do Festival]). É difícil chegar com uma opinião predefinida sobre as peças para essa categoria especificamente, pois resultados no Andy, One Show e D&AD não impactam tanto em Effectiveness.
4 – O que espera da participação do Brasil no Cannes Lions?
O Brasil sempre é um país que consegue bom reconhecimento em Cannes. Este ano não deve ser diferente.
5 – Se tivesse o poder de mudar algo em Cannes, tanto na premiação quanto no conteúdo, o que seria?
Eu tentaria reduzir o número de categorias e subcategorias um pouco. Acho que a proliferação de categorias e subcategorias é um pouquinho demais a meu ver. Além disso, daria menos pontos para shortlist e mais pontos para prêmio.