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Cannes Lions 2017

O que pensam os jurados – Mario D’Andrea (Dentsu)

18.05.17

Doze anos atrás surgiu a categoria Radio no Festival de Cannes. E há cinco anos o Brasil conquistava seu único GP nessa competição, com “Repellent Radio”, da Talent para a revista Go Outside. Haverá chances de Leões nesta edição? O presidente do júri, Mario D’Andrea, CCO e presidente da Dentsu Brasil, observa que a mídia é um tanto “negligenciada por agências e clientes” quando se trata da produção de grandes ideias e cases. Ainda assim, ele pontua que às vezes o Brasil colhe boas surpresas.

No ano passado, o país obteve quatro Leões (uma Prata e três Bronzes – confira aqui), mesma quantidade obtida em 2015. Antes disso, em 2014, o Brasil conquistou 3 Leões. O Grand Prix da categoria foi para “The everyman meal”, da Ogilvy Johannesburg para o KFC (leia mais aqui e veja o vídeo mais abaixo). Para saber mais sobre a categoria, acesse o link  do Cannes Lions.

Festival Internacional de Criatividade acontece entre os dias 17 e 24 de junho. Confira a composição de todos os júris aqui.

Clubeonline irá publicar ao longo dos próximos dias entrevistas com os demais jurados do Brasil. Leia o que já saiu: Fernando Machado (Burger King/ Creative Effectiveness), Miriam Shirley (Publicis/ Media) e Marcelo Pascoa (Coca-Cola/ Entertainment).

Para acompanhar o noticiário completo sobre o Cannes Lions 2017, clique aqui.

 

1. Nome, cargo e há quanto tempo comparece ao Festival de Cannes.

Mario D´Andrea, CCO e presidente da Dentsu Brasil. Vou a Cannes há 18 anos.

2. Este ano, júris estão reduzidos, uma decisão para melhorar a qualidade dos debates (de acordo com a organização). Como avalia o papel do jurado? E do presidente de júri? Que desafios você tem pela frente no comando da categoria Radio? 

O jurado, antes de mais nada, precisa entender o que aquela mídia/categoria está produzindo de melhor em seu país para poder explicar ao júri o ambiente cultural que envolve cada peça. Ao mesmo tempo, tem que procurar valorizar aquelas peças de qualquer país que não dependam de explicação para ter seu valor reconhecido. As melhores ideias são sempre aquelas que ultrapassam fronteiras – lembrando que Cannes é o mais internacional dos festivais. Já o presidente tem como função básica elevar a barra de qualidade nas escolhas, porque cada resultado é um recado que o Festival passa ao mercado. Não só sobre o que foi feito de melhor, mas também para onde está apontando a nossa atividade. E para isso é preciso que o presidente promova um ambiente livre, tranquilo, com espaço aberto a todas as opiniões.

3. O que já conseguiu acompanhar da sua categoria? Resultados em outros festivais? Tendências da área? Campanhas que têm se destacado no mercado, nas redes sociais e na mídia especializada?

Algumas peças já me foram enviadas, mas espero ver/ouvir todas antes da premiação.

4. O que espera da participação do Brasil no Cannes Lions?

Como sempre, o Brasil irá muito bem em Cannes. Já não tenho tanta certeza que iremos muito bem na categoria Radio, porque sinceramente é uma mídia um tanto negligenciada por agências e clientes em nosso país, no tocante à produção de grandes ideias e cases. Apesar disso, às vezes temos boas surpresas. Em 2006, por exemplo, tivemos 6 leões. Há poucos anos, tivemos o Grand Prix da categoria.

5. Se tivesse o poder de mudar algo em Cannes, tanto na premiação quanto no conteúdo, o que seria? 

Faria o festival em julho, nas férias escolares – assim poderia levar minha filha comigo. Brincadeirinha.

Cannes Lions 2017

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