Cannes Lions 2017

Categoria nobre do Cannes Lions e origem do Festival, Film sempre fica para o último dia, como ápice do evento, junto com as escolhas de Titanium & Integrated, Film Craft e Agência do Ano, entre outras premiações especiais.

Em 2016, o Grand Prix foi para o case “Shoplifters”, da Adam & Eve DDB, de Londres, para a rede Harvey Nichols (veja o vídeo mais abaixo). No ano anterior, o GP foi para a F/Nazca S&S por “100”, filme criado para a Leica Gallery, um feito que entrou para a história da propaganda brasileira. Seria difícil ter um desempenho à altura dessa conquista em 2016. O resultado: três Leões de bronze (confira os vencedores). Em 2015, também foram três Leões. Em 2014, dois. No ano anterior, cinco, mesma quantidade obtida em 2012 e 2011.

Para o jurado brasileiro de Film, Erh Ray, co-CEO da BETC/ Havas, nos últimos anos os filmes brasileiros vêm sofrendo muito devido à crise e a baixos investimentos. “As boas ideias existem aqui, nossa criatividade é ímpar, mas muitas vezes o problema ainda é a execução”, explica Ray, que está em sua terceira participação no julgamento da categoria (ele foi representante do Brasil em 2002 e 2012).

Film Lions, cujo júri é presidido por Pete Favat, CCO da Deutsch North America, tem seis subcategorias. A novidade deste ano é a inserção de vídeos 360º e filmes com realidade virtual. Para saber mais detalhes sobre Film, acesse o link do Cannes Lions.

O Festival Internacional de Criatividade acontece entre os dias 17 e 24 de junho. Confira a composição de todos os júris aqui.

O Clubeonline está publicando entrevistas com jurados do Brasil. Leia o que já saiu: Fernando Machado (Burger King/ Creative Effectiveness), Miriam Shirley (Publicis/ Media), Marcelo Pascoa (Coca-Cola/ Entertainment), Mario D’Andrea (Dentsu Brasil/ Radio), Celio Ashcar (Aktuellmix/ Promo & Activation), Mario Narita (Narita Design/ Design), Rafael Pitanguy (Y&R/ Mobile), Gabriel Araujo (Ketchum e Little George/ PR), Claudio Lima (Ogilvy/ Print) e Roberto Coelho (Satélite Áudio/ Film Craft).

Para acompanhar o noticiário completo sobre o Cannes Lions 2017, clique aqui.

 

1. Nome, cargo e há quanto tempo comparece ao Festival de Cannes.

Erh Ray, Co-CEO da BETC/Havas. Compareço ao Festival de Cannes, todos os anos, desde 1995.

2. Este ano, júris estão reduzidos, uma decisão para melhorar a qualidade dos debates (de acordo com a organização). Como avalia o papel do jurado? Que desafios ele enfrenta?

O desafio é grande. Pra avaliar os trabalhos de forma totalmente isenta, a gente precisa esquecer que nasceu num determinado país e trabalha para uma rede ou grupo de comunicação. Estamos lá como profissionais de criação, escolhidos por uma entidade com a importância e o nome do Festival de Cannes.

3. O que já conseguiu acompanhar da sua categoria? Resultados em outros festivais? Tendências da área? Campanhas que têm se destacado no mercado, nas redes sociais e na mídia especializada?

Neste ano fui parte do Executive Jury no New York Festivals [Nota da Redação: o Best of Show foi para “Meet Graham”, da Clemenger BBDO Melbourne para Transport Comission Victoria; veja outros resultados aqui], e pude sentir um pouco sobre as tendências da categoria. De qualquer forma, espero ser surpreendido por novas e boas ideias em Cannes. Já comecei a fase do pré-julgamento online, e estou ansioso pela chegada do Festival.

4. O que espera da participação do Brasil no Cannes Lions?

Apesar do Grand Prix do ano retrasado para a campanha da F/Nazca para Leika, os filmes brasileiros vêm sofrendo muito nos últimos anos por conta da crise e de baixos investimentos. As boas ideias existem aqui, nossa criatividade é ímpar, mas muitas vezes o problema ainda é a execução.

5. Se tivesse o poder de mudar algo em Cannes, tanto na premiação quanto no conteúdo, o que seria?

O Festival tem se esforçado para acompanhar a evolução da Indústria da propaganda. Portanto, não tenho críticas à organização. Se eu pudesse fazer uma só mudança, acho que faria um Palais maior, para acomodar melhor os delegados.