Depois de acusação de assédio

Esta semana, Gustavo Martinez fez sua primeira aparição pública como líder das operações do grupo WPP na Espanha, cerca de 18 meses depois de ter perdido seu cargo de global CEO e chairman do J. Walter Thompson, envolvido em processo de assédio sexual e discriminação, aberto pela global head de public relations da JWT, Erin Johnson.

Martinez teria participado de evento chamado Orbit, organizado pelos escritórios de Barcelona das empresas Hill + Knowlton e SCPF, ambas do WPP.

Gustavo teria falado sobre a entrada de consultorias internacionais como Deloitte e Accenture no mercado das agências. Ele teria dito, segundo matéria da Adweek, baseada em reportagem do jornal especializado Dircomfidencial: "Quando comecei nesse setor, PwC, Arthur Andersen e Accenture eram auditorias; hoje são meus concorrentes. Antes, pessoas como o Google eram provedores. Hoje, meu chefe, Sir Martin Sorrell, os chama de 'frenemies'. Mas acho que eles são menos amigos e mais inimigos".

Martinez estaria no cargo, na Espanha, desde janeiro, quando teria sido promovido pelo WPP.

A matéria do Dircomfidencial pode, no entanto, conflitar com alegações feitas semana passada pelo escritório de advocacia de Martinez, Wilson Elser Moskowitz Edelman & Dicker, que afirmou em um tribunal federal de Manhattan que o executivo trabalhava para o WPP numa base "ad hoc", em um papel não especificado desde que deixou a JWT, em março de 2016.

Leia anterior sobre o assunto, aqui.

Leia matéria da Adweek na íntegra aqui.