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Please, Keep Austin Weird
Em 2010, quando cheguei pela primeira vez no SxSW, me senti no desembarque da Normandia. Uma metralhadora de informações me atacou e fiquei com uma mistura de encantamento e incompreensão. Deu até uma vontade de não vir mais.
Este ano, minha terceira vez, já naveguei mais à vontade pelo festival e sei que vou ter que retornar outras muitas para aproveitá-lo cada vez melhor.
Mas, fica a dica: é importante ao menos tentar montar uma agenda com antecedência, fazer a lição de casa. Caso contrário, se perde tempo muito precioso por aqui.
Use a Esquire, Resident Advisor, Hype Machine, Wired e aquelas fontes que chamo de “hunters” - os nerds tão malucos por música quanto você, que as vezes têm um line-up melhor que o indicado pelas revistas e blogs que citei. E são esses line-up que mudam tudo.
Este ano, dentre as 60 palestras por hora da área de Interactive, os 8 mil shows e outros tantos filmes, vi de tudo: desde um maluco que subiu no palco e chamou o vocalista do Run of Jewels literalmente pra porrada e o tempo fechou; até eu mesmo ser expulso do cinema por “lanterninhas”: entenda-se, dois Texas Cops que entraram no cinema e me convidaram para sair porque tirei fotos do documentário do Kurt Cobain (aliás, que fotos! ) - nos outros anos, tirei várias de outros docs e filmes e nada aconteceu.
Ví um show em uma agência bancaria do fantástico Charles Bradley, para 100 pessoas, e fui seguindo tudo o que queria ouvir de novidade na música a menos de 5 metros, incluindo o show da incrível Courtney Barnett, uma australiana que tomou sopa de Nirvana e arrebenta com suas músicas e atitude irreverente.
Poderia ficar escrevendo horas sobre as bandas, palestras, conversas e novos nerds da música que conheci por aqui, mas o que levo cada vez mais do SxSW é que aqui a criatividade é como tem que ser: leve, compartilhada, sem ego nem "blasezisses". É pura informação compartilhada, delicioso de conviver e bom para dar muitas e boas risadas.
Só, please, para todos que vierem, prestem atenção no slogan que os moradores da cidade adoram: “Keep Austin Weird”.
James Pinto - sócio da Jamute
Leia anterior sobre o SxSW 2015 aqui.