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Tecnologia X Branding (por Rui Piranda)
Tecnologia X Branding
Assim, com X separando. Que nem o X do festival SxSW, que começou sua história como uma disputa entre o Sul e o Sudoeste americano.
Sem querer generalizar, até porque são quase 100 palestras por hora, hoje vi muitos painéis com pessoas que trabalham e são responsáveis pela tecnologia de grandes marcas. Um desses painéis foi “Bringing Stories to Life for the Smaller Screen”.
Sabe o que me impressionou? Achei que as pessoas não sabiam para que marcas trabalhavam. Sério: quando alguém do The Guardian vai para uma palestra e fala de estratégias de vídeo e teste A/B e a rede NBS sentada ao lado fala a mesma coisa, o que esperar dos noticiários no smartphone? Vi inúmeras palestras do The Guardian em Cannes e sei que este jornal tem uma personalidade intensa. Não foi o que vi por aqui.
A pergunta que me fiz ao longo do dia foi: será que as pessoas de tecnologia são brifadas sobre as personalidades das marcas para as quais trabalham? Eu acho isso relevante para poder usar/inventar tecnologias de forma que evidenciem o propósito do veículo/anunciante.
Quando tudo parecia perdido, o Keynote da Dra. Brené Brown, que nos mostrou como entender/aceitar/administrar nossa vulnerabilidade pode ser transformador em nossas vidas.
Sim, parece auto-ajuda (eu até torci o nariz) mas ela fez estudos e pesquisas durante 13 anos sobre o assunto. Falou como nosso corpo nos avisa quando estamos vulneráveis (enjoo, frio na barriga, sono…), que podemos controlar tudo com respiração (obrigado, Yoga). Mais calmos, podemos mandar mensagens para o cérebro e aprender a superar nossas questões para evoluir.
Dito isso, pulo para a ótima palestra "Designing Happiness". Participaram Bruce Vaughn, da Walt Disney Company; Gabby Etrog Cohen, da SoulCycle; Mark Wilson, da Fast Company; e Randall Stone, da Lippincott.
Adivinhem quem tinha certeza de qual era o seu papel no mundo? É claro que foi o designer da Disney. Passei o painel esperando Vaughn falar. E foi uma aula. Destaco três pontos: 1) é preciso fazer as pessoas se sentirem seguras para que a felicidade apareça; 2) você precisa preparar cenograficamente (vale para canais) as pessoas para o momento da felicidade (repare como nos espaços dos parques da Disney você sempre passa por um corredor, um ambiente, que prepara você para o momento da felicidade); 3) a felicidade tem que parecer verdadeira. Explicou: pense onde o consumidor vai tocar, onde ele vai interagir mais, neste lugar use os elementos mais reais possíveis. A partir daí, toda experiência parecerá real.
Ah… Morri de inveja do cargo dele: Former Chief Creative Executive At Walt Disney Imagineering. Acho que vou respirar fundo e superar minha vulnerabilidade.
Rui Piranda
Diretor Executivo de Criação
FCB Brasil
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