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Ser Humano, Ser Responsável (Rui Piranda)
Ser Humano, Ser Responsável
O primeiro dia foi intenso aqui no SxSW. Mas vou compartilhar "apenas" duas palestras que assisti sobre a nossa (minha, sua e de todos) responsabilidade.
A primeira chamada-se Humans, Machines & the Future of Industrial Design. Os palestrantes são da Ideo e foi... fantástico. A questão central é: tudo o que pode ser codificado, pode ser ensinado ao computador. Ai você pode perguntar: sensações e emoções podem ser codificadas? Bem, Jason Robison, a Senior Design Lead da Ideo, mostrou uma nova "tabela periódica" que define os elementos sensoriais que o objeto pode ter.
Vou dar um pequeno exemplo: 'natural, macio, delicado'... pense: você consegue definir padrões para essas 3 palavras. Padrões (códigos) de textura, de cor, de cheiro. E o que o sistema faz ao receber e trabalhar estes códigos? Oferece inúmeras opções. Cabe ao ser humano (designer ou não), que está diante desta máquina, definir o que fica e o que não fica. O que é bom e o que é ruim. É um trabalho colaborativo.
Jason já codificou e está criando uma linguagem de sistema para as mais diferentes sensações humanas. Imagine que maravilha vai ser você se aproximar do computador e falar: 'quero uma louça rústica, que lembre a infância, para tomar grandes quantidades de chá e quero alças confortáveis até para uma criança'. E as opções aparecerem em minutos, segundos.
Ah... ela alerta com alegria que o erro deve ser incluído no processo. A máquina pode, neste mesmo exemplo da louça, oferecer uma xícara coberta de pelos. Tipo casaco de pele (rs). É confortável, rústica, suave ao toque e atraente para crianças. Mas sem função. Porém, o erro nos trouxe um objeto de arte que eu adoraria possuir.
A outra palestra chama-se: When Your internet thinks know how you fell. Essa é de tremer, muito Black Mirror, falou de Emotion-sensing technology. Entenda-se por isso sistemas que podem reconhecer as expressões/emoções humanas e decodificá-las. Exemplo: expressões faciais, tom de voz. Inclua repertório de palavras e escolha de assuntos. É isso que faz os robôs reagirem às nossas emoções.
A palestrante, Pamela Pavliscak, alerta para o risco da superficialidade na utilização destes recursos. Algo como um sistema vasculhar as redes sociais e, ao analisar seus posts no Face ou no Insta, chegar a uma conclusão sobre você. Pense: o que você posta nas suas redes sociais define quem você é? Mais uma vez, a questão é de responsabilidade. Este sistema só fará este rastreamento se solicitado por alguém. O equívoco não será da máquina. Mas do Ser Humano Responsável
Rui Piranda
Sócio Fundador da ForALL
(Vai compartilhar suas experiências no SxSW , com artigos diários, aqui no Clubeonline)
Leia anterior aqui.