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Aqui ninguém fala do futuro do relacionamento (Rui Piranda)
Aqui no SxSW se fala do futuro do automóvel, do entretenimento, do dinheiro, mas ninguém fala do futuro do relacionamento
Adoraria que esta frase fosse minha. Mas foi Esther Perel, psicoterapeuta, francesa, moradora de Nova York, que a disse no Keynote deste dia 9, no SxSW. Se você não a conhece, dá um search. Ela fala sobre indivíduos e relacionamentos. Mas esta frase que coloquei no título serve como epígrafe para algumas palestras que vi nesta sexta.
Acredito que tudo aqui deveria estar em nome do autoconhecimento e das relações que estabelecemos entre nós. Então, tudo começa com você dando conta de você mesmo (a). Deixei assim com (a) para ressaltar algo que temos de mudar: essa versão masculina de mundo que tem de servir para todos (as). Não estou falando “apenas” de comunicação. Fui ver a palestra It’s time to see through a gender/sex lens! Você sabia que morrem mais mulheres em acidentes de automóveis do que homens? Isso acontece porque o “padrão” da indústria é masculino. Então, os assentos e os encostos de cabeça protegem menos as mulheres. Outro exemplo: equipamentos eletrônicos. Mãos menores, maior a dificuldade para operar. Procure por Saralyn Mark. Ela promove mesas redondas em todo o mundo para que a gente se entenda melhor a partir do respeito às nossas diferenças.
Sigo pelo meu dia e compartilho com você algo que está surgindo agora na Mount Sinai School of Medicine. A palestra chama-se Next Gen Health Clinic: deciphering fact from fad. Dr. David Stark, o palestrante, é especialista em biomedicina e data science. Interessante ver formações médicas que se aproximam tanto da engenharia. E aí começa sua comparação entre os avanços da medicina e os avanços, agora positivos, da indústria automotiva. Stark mostrou painéis de carros com os sinais que antecipam problemas que podem acontecer (gasolina acabando, óleos, aquecimento). E afirma que a medicina preventiva não oferece ao paciente quase nenhuma ferramenta de aviso. O projeto de Stark está apenas no início. Mas a intensão é grandiosa. Cada paciente passa por um escaneamento. Registram tudo. Estas informações, é claro, são individuais, mas compõem uma pesquisa que pode trazer revelações sobre um bairro, uma região ou país.
Volto agora para mais uma frase de Esther Perel. Ela afirma que nossa vida é uma história. Devemos contá-la bem. E estar prontos para editá-la sempre que necessário. Hoje, no meu dia de Health em Austin percebi que a medicina pode me ajudar a estabelecer uma relação melhor comigo mesmo e, consequentemente, com o outro.