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Expressão é registrada por shopping e não poderá ser usada por outras lojas
Lojas de todo o país não podem mais usar a expressão "Bota Fora" em suas promoções. Um shopping de São Paulo conseguiu patentear a expressão.
O sinônimo de liquidação é marca registrada do Shopping D&D, na capital paulista - o registro foi concedido pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) em 2007 -, que tem notificado extrajudicialmente empresas do setor de decorações que utilizam o termo em campanhas publicitárias.
Uma loja de móveis até tentou derrubar a medida na Justiça, mas a decisão foi negada pela 10ª vara cível de São Paulo.
Segundo o presidente-executivo do complexo World Trade Center São Paulo, Luciano Montenegro, o evento "Bota Fora" ocorre desde 1997 no shopping e é o responsável pela popularização do significado.
"Hoje é [um significado comum], mas não era há 16 anos. É como Gillete, Bombril. Nós é que demos ao termo esse sentido de liquidação", acredita Montenegro.
O tema é polêmico. Para o especialista em direito da propriedade intelectual pela FGV (Fundação Getulio Vargas), Franco Brugioni, "bota fora" é de uso comum e sempre foi associado a todo tipo de liquidação.
"Todo mundo usa 'bota fora'. Imagina se alguém quiser registrar termos como liquidação, 'Black Friday'?", disse. Para o advogado, o Inpi deveria ter vetado o registro em 2007.
Segundo o instituto, nada impede que se registre um termo popular desde que ele não seja óbvio ou descritivo. O Inpi informou ainda que a interpretação do seu técnico à época foi a de que o termo pode ter outros significados além de liquidação, como "jogar fora".
As informações são da Folha.