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Pesquisa da Viacom descreve jovens entre 16 e 34 anos
A Viacom Networks Brasil - proprietária dos canais de TV pagos Nickelodeon, Nick Jr, Vh1, MTV Hits e MTV Jams - apresentou ao mercado nesta sexta-feira (06) os principais dados do estudo "Juventude 30 Quilates: a idade que vale ouro", realizado em 18 países e que envolveu 28 mil pessoas, no ano passado.
O objetivo da quarta pesquisa mundial que a Viacom Networks Brasil é entender quem é o jovem de hoje, novos hábitos e a forma com que ele consome cultura e se relaciona com o mundo.
Para o estudo, foram considerados os conceitos de "maturidade emocional", que é a busca pela identidade e perspectiva; e "maturidade funcional", que define a conquista da responsabilidade e dependência material. A pesquisa detectou que ser jovem está mais relacionado à busca da maturidade emocional e funcional do que à idade.
O estudo mostra que são três as etapas da juventude: a primeira delas é a idade da descoberta, de 16 a 19 anos, quando os indivíduos ainda possuem características relacionadas à adolescência.
Em seguida, se inicia a fase da experimentação, aos 20 anos, quando começam a surgir o senso de identidade e os jovens passam a testar o que querem ser.
A última etapa é a idade do ouro, que vai de 25 a 34 anos, quando muitos já atingiram a maturidade funcional ou emocional, mas poucos atingiram ambas as maturidades.
A pesquisa aponta que "todos" desejam ter 25 anos época em que as pessoas já sabem o que querem e começam a ter os meios para realizar seus desejos, mas ainda sem tanta cobrança e responsabilidade.
Diferentemente das gerações passadas, que eram pressionadas já aos 20 anos para conquistar estabilidade social casar, começar a construir uma família e ter um emprego que gerasse uma carreira , a geração atual não sofre essas imposições, diz a pesquisa.
Atualmente, as decisões importantes começam a ser tomadas a partir dos 25. "A cobrança hoje é muito mais interna do que externa", afirma Beatriz Beatriz Mello, responsável pelo departamento de pesquisas da Viacom Networks Brasil.
O estudo aponta que 52% dos jovens de 25 a 34 anos, no mundo, afirmam que ainda têm muito o que crescer, enquanto que entre os brasileiros esse percentual sobe para 93%.
Os brasileiros, ao lado dos chineses, são os que mais se cobram para atingir as maturidades funcional e emocional, diz a pesquisa.
O jovem no Brasil considera a maturidade emocional mais importante, embora atinja a funcional primeiro. "Isso porque atingir a maturidade funcional depende apenas dele, enquanto a emocional depende de outros fatores", analisa Beatriz.
Esse desejo se evidencia quando se analisa as conquistas mais importantes para os brasileiros: ter sucesso profissional (89%) e ter um emprego que os faça feliz (87%). Esses últimos objetivos de vida aparecem à frente de ganhar muito dinheiro (74%). O mesmo vale para decisões emocionais: ser um bom pai/mãe (88%) e um parceiro carinhoso (87%) têm mais importância do que apenas ter sua própria família (82%) e ter filhos (69%). Ou seja, o que importa não é apenas ter a família ou filhos, mas sim atuar como um bom pai.
"Desenvolver habilidades", "fazer coisas felizes", "ficar em paz", "aprender mais da vida" e "se sentir seguro" resumem o que os jovens ao redor do mundo querem da vida, segundo detectou a pesquisa. E é também o que esperam ao consumir uma marca ou conteúdo de mídia.
Nesse contexto, diz o estudo, é possível dividir o universo de jovens "30 quilates" (25-34 anos) em quatro grupos de acordo com seu nível de maturidade emocional e funcional.
O primeiro é o dos "bem resolvidos" (mundo 45%, Brasil 51%), grupo que conquistou o mais alto índice nas duas maturidades, são positivos e responsáveis e acham que com 30 anos estão no melhor momento de suas vidas. Em sua maioria, mantêm uma relação estável e muitos já têm filhos. Profissionalmente, estão satisfeitos com seus empregos ou têm um negócio próprio e a maior renda dentre os demais jovens. Acreditam que não chegaram onde queriam e que ainda têm muito o que aprender.
São early adopters e querem se manter em dia com as novidades tecnológicas.
O segundo grupo reúne os jovens "pretendentes ao sucesso" (mundo 32%, Brasil 36%), que são aqueles que já adquiriram alto nível de maturidade emocional, mas ainda precisam conquistar a funcional. Eles sentem-se frustrados vendo seus amigos com famílias e acham que ainda não conquistaram tudo o que querem da vida. Pensam no futuro, mas não fazem nada para torná-lo 'real'.
Esses jovens têm necessidade de se sobressair, mas demonstram certa falta de confiança para buscar novas experiências. Eles querem se manter atuais em relação à moda, diversão e tecnologia e estão dispostos a utilizar o crédito para conseguir o que querem. São ambiciosos, mas limitados pelo dinheiro. São atraídos pela popularidade das marcas.
No terceiro grupo, os "sonhadores nostálgicos" (mundo 17%, Brasil 10%) têm alta maturidade emocional, mas baixa funcional. São jovens que tomaram decisões importantes muito cedo na vida, muitos já casaram e se separaram e a maioria tem filhos. Eles têm gostos de adultos e saudade da juventude, gostariam de começar a juventude de novo e esperam conquistar mais coisas agora. Em geral, são desconectados de novidades tecnológicas e não estão interessados na cultura jovem, são mais tradicionais em relação às marcas e preferem àquelas que já conhecem.
Por fim, no quarto grupo estão os "garotos crescidos" (mundo 5%, Brasil 2%), aqueles que têm baixos níveis de maturidade emocional e funcional. São jovens super otimistas, mas não se preocupam com futuro. Eles buscam a juventude sempre e querem se destacar dos demais. São individualistas, solteiros e não estão preocupados em formar família. São o segundo grupo de maior renda e super antenados com a cultura jovem, ditando tendências para os demais grupos. Eles buscam nas marcas exclusividade e autenticidade.
O estudo foi realizado em duas fases, utilizando métodos qualitativos e quantitativos. Na fase qualitativa foram realizados fóruns de discussão online, entrevistas com especialistas e pesquisa etnográfica.
Na segunda fase quantitativa foram feitas entrevistas online com 1,5 mil jovens de cada mercado participante.
A pesquisa aconteceu na Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália/Nova Zelândia, Brasil, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Holanda, Índia, Itália, Japão, México, Polônia e Suécia.