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Internet

Teles são contra rede pública de banda larga

21.11.07

Proposta do governo federal de criar rede de acesso à internet em banda larga para uso do setor público, aproveitando a ociosidade de fibras óticas da Petrobras e de outras estatais, enfrenta reação das companhias telefônicas, que consideram que a iniciativa fere a Lei Geral de Telecomunicações e desestimulará os investimentos privados no setor.


O projeto para a criação da rede visa a ligação de todas as escolas públicas à internet, em alta velocidade, em cinco anos.


Na semana passada, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que Lula anunciará um grande projeto nessa área, nas próximas semanas.


As teles se manifestaram sobre a criação da banda larga estatal por meio da Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações), que reúne as concessionárias de telefonia fixa e de celulares, as operadoras de TVs a cabo e indústrias de telecomunicações.


A entidade enviou um relatório de 60 páginas ao governo, contestando a idéia. O estudo diz que o governo gastaria R$ 9,3 bilhões para conectar pela rede pública todas as escolas em banda larga, no prazo de cinco anos, enquanto elas gastariam R$ 6,35 bilhões para chegar ao mesmo objetivo, partindo da atual infra-estrutura privada.


As cifras não incluem os gastos com compra e manutenção de computadores, software e instalações elétricas, estimados em R$ 4,51 bilhões em ambas as propostas.


As teles defendem que a cobertura nacional por banda larga seja feita com investimentos privados, com subsídio do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) nas áreas rurais de acesso remoto.


Embora o governo diga que não vai competir com as teles, elas entendem o contrário. "A percepção é de que o Estado tenderá a favorecer a empresa na qual ele possua participação acionária, ocasionando perda de equilíbrio e de isonomia de tratamento", diz o documento.


Com informações da Folha de S.Paulo.

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