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Museu do Amanhã

O2 trabalha por 3 anos em filme 'imersivo'

17.12.15

O Museu do Amanhã, construção com área de 30 mil m², que usará audiovisuais, instalações interativas e jogos para abordar o tema "futuro", será aberto ao público neste sábado (19), no Rio de Janeiro.

Quando o visitante entrar no espaço, sua primeira experiência será junto ao Portal Cósmico. Nele, um filme "imersivo", produzido pela O2 Filmes por meio do núcleo Outras Telas, com trilha sonora da Loud, será projetado num grande domo esférico (veja a imagem abaixo).

"A ideia é que o filme coloque o visitante em um outro estado de espírito, tire-o da Praça Mauá e ajude-o a baixar o batimento cardíaco e mudar a frequência cerebral", conta Fernando Meirelles, sócio e diretor da O2.

Para chegar a cerca de 8 minutos de filme, uma equipe liderada pelo diretor Ricardo Laganaro trabalhou por três anos. "Queríamos trazer imagens diferentes, espetaculares e impactantes; dignas do tamanho e do formato da tela que temos no Museu", diz Laganaro.

"O filme é o portal de entrada do museu. Quem se deixar mergulhar no que o enredo tenta passar pode ter uma experiência mais viva ao visitar o local. É como se o visitante ganhasse um tempo para pensar naquelas famosas perguntas: 'Quem eu sou? Onde estou? De onde vim? Para onde vou?'. Claro que não há a resposta para isso tudo, mas só lembrar estas questões já nos coloca em outro estado”, defende Meirelles.

O vídeo conta a história do universo, mas não didaticamente. A ideia foi realizar um filme em que o visitante "se sentisse parte da ação".

Tanto por pedido da curadoria, quanto por termos a possibilidade de explorar a narrativa imersiva, nosso filme tem uma abordagem muito mais sensorial e poética. Mais do que ver e ouvir imagens sobre a criação do universo, da Terra, da vida, queremos que o espectador se sinta dentro desta viagem. O entendimento será muito mais pela emoção do que pela razão”, considera Laganaro.

"Durante o período da realização, tivemos que aprender a fazer filmes em 360 graus. Entusiasmados pela experiência, acabamos comprando câmeras e rigs, fomos a congressos, visitamos produtores que trabalham com isso fora do Brasil, e desenvolvemos a tecnologia para fazer estes filmes aqui. Por causa do Museu, a O2 Filmes se tornou a primeira produtora brasileira a trabalhar com isso", ressalta Meirelles.

A produtora executiva da Loud, Simone Marinho, afirma que o processo de produção de som também foi "muito rico". "Pudemos explorar diferentes frentes de sonoridade e nos aprofundar no tema. É uma satisfação fazer parte de um projeto com essa importância cultural”, comenta.

Com o objetivo de ajudar o visitante a mergulhar no cenário de realidade virtual e aguçar os sentidos, os maestros da Loud produziram uma trilha que marca três etapas do filme: no momento do Big-Bang, a sonoridade é mais "imponente", com instrumentos de orquestra sobrepostos a samples digitais; no surgimento da vida, um tom introspectivo toma lugar; e, para representar o desenvolvimento humano, ritmos de culturas diferentes se misturam.

Serviço - Museu do Amanhã:

Inauguração em 19 de dezembro, às 19h
Local: Praça Mauá, 1 - Centro, Rio de Janeiro

Museu do Amanhã

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