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Depois das denúncias, como fica a imagem de Neymar?
Na semana passada, o Ministério Público Federal denunciou o jogador Neymar – que já estava sendo investigado na Espanha – pelos crimes de sonegação fiscal e falsidade ideológica.
O atleta e seu pai teriam criado três empresas de fachada e adulterado documentos para pagar menos impostos, segundo a denúncia.
Como o atacante é garoto-propaganda e parte importante da estratégia de marketing de diversas grandes marcas – em 2014 ele faturou 16 milhões de euros só com campanhas publicitárias, segundo a revista "France Football" – o mercado questiona até que ponto essas acusações irão comprometer a imagem do jogador.
“O fio da suspeita é sempre traiçoeiro”, declara ao Clubeonline o presidente da Troiano Branding, Jaime Troiano. “Ou é o que aconteceu com (o ciclista) Lance Armstrong, no episódio do doping, em que as acusações foram confirmadas e ele acabou perdendo seus sete títulos do Tour de France e o apoio dos patrocinadores (leia aqui, aqui e aqui) – e aí o impacto é terrível para o atleta e para as marcas – ou pode acontecer o oposto, como no famoso caso da Escola Base, da Aclimação (os proprietários foram injustamente acusados pela imprensa de abuso sexual), em que as denúncias foram presunçosas, precipitadas e depois comprovadamente infundadas”, analisa Troiano.
"No caso de Neymar, estamos num momento em que ele ainda não foi julgado. Claro que se houver uma condenação ocorrerá um efeito nocivo sobre a carreira dele e sobre as marcas que o apoiam, bem como sobre o clube para o qual ele joga. Por outro lado, se o fio de suspeita se comprovar infundado, o atleta vai adquirir mais força e prestígio e passará a ter um atestado de idoneidade", avalia.
Desde o final do ano passado, Neymar teria deixado de embolsar alguns milhões, já que anunciantes de grande porte teriam desistido de lançar campanhas com o jogador durante o período de Natal. "Faz sentido as empresas esperarem o julgamento terminar, como uma ‘medida cautelar’”. No entanto, segundo a análise de Troiano, os anunciantes ligados ao jogador não devem se precipitar, “sob o risco de cometer uma injustiça”.
Em 2015, Neymar emprestou sua imagem para marcas como Claro (frame abaixo), Lupo, Guaraná Antarctica Black, WWF (em campanha pela conservação da Amazônia), Listerine, PokerStars e Qatar Airways, entre diversas outras.