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Cannes Lions 2016

O que pensam os jurados (Fred Saldanha)

19.04.16

O Clubeonline apresenta um bate-bola sucinto e objetivo com todos os jurados que irão representar o Brasil no Cannes Lions, este ano.

Acompanhe abaixo o que tem a dizer Fred Saldanha, jurado de Innovation pelo Brasil. Ele era CCO da Isobar Americas e, agora, está na Huge, em Nova York, como (leia aqui).

1. Nome, cargo e há quantos anos comparece ao Cannes Lions.

Fred Saldanha, Executive Creative Director da Huge (Brooklyn, Nova York). Vou para Cannes desde 1994.

2. É sua primeira vez como jurado neste Festival? Qual a importância deste convite?

É a minha primeira vez como jurado em Cannes e fico feliz por ser justamente na categoria que mais valorizo hoje no Festival: o Innovation Lions. A discussão sobre o que é uma ideia inovadora é sempre estimulante, especialmente ideias que têm um impacto na vida das pessoas e que buscam resolver um problema real. A tecnologia acaba por ser mais um jeito de aproximar as marcas das pessoas quando traz uma solução que faz sentido para a vida delas.

3. Como você está se preparando para o julgamento?

Tento acompanhar de mais perto o que o mercado está produzindo, mas sei que muitas das ideias que fazem sentido no Innovation não foram ainda lançadas ou não têm o mesmo PR que as grandes campanhas publicitárias. O melhor jeito de se preparar é continuar trabalhando normalmente, tentando resolver os problemas dos nossos clientes de um jeito novo e relevante.

4. Já viu trabalhos, nacionais ou internacionais, na sua categoria ou em outras, nos quais aposta?

Vi bastante coisa, mas é difícil fazer apostas nesta categoria. Do que vi gostei bastante da ação “Highway Robbery” para o Volvo XC90 T8, o primeiro carro que usa a energia dos outros carros como combustível. E também me chamou a atenção o projeto "Expedia Dream Adventures", que leva o mundo para dentro de um hospital infantil de um jeito tocante e sensível.

5. De modo geral, quais suas expectativas em relação ao desempenho do Brasil, este ano, no Festival?

O Brasil tem tido uma ótima participação nos três anos de vida do Lions Innovations. Creio que temos todas as chances de manter essa média, mesmo sabendo das dificuldades. Só para dar uma ideia, o shortlist de Innovation costuma ter apenas cerca de 25 trabalhos, entre milhares de inscrições. Chegar aí já pode ser considerado uma vitória.

6. O Cannes Lions virou um grande Festival, com mais categorias a cada ano e no qual as agências brasileiras investem um grande montante de dinheiro, não só em inscrições, mas também no envio de suas equipes. Você mudaria alguma coisa no Festival, se pudesse?

O Festival é um espelho da nossa indústria. Para o bem e para o mal. Se eu pudesse fazer alguma coisa, apenas tentaria manter o foco no seu propósito: celebrar as melhores ideias do ano. Tudo o que desvie o Festival desse caminho deveria ser evitado.

7. Como avalia a qualidade das palestras e a infraestrutura do evento?

Tem vindo a melhorar a cada ano. Creio que há uma vontade de trazer palestrantes que tragam uma visão diferente sobre a nossa indústria, questionando ou até mesmo provocando o mercado publicitário.

8. O fato de agora haver um grande número de ‘celebridades’ anunciadas dentre os palestrantes te parece um diferencial atraente?

Desde que a celebridade agregue, faz todo sentido. Às vezes até parece o Castelo de Caras, mas posso dizer que já tive gratas surpresas com alguns desses palestrantes.

9. Recomenda alguma palestra nesta edição do Festival?

Não vou perder o Brian Chesky, fundador do Airbnb, e Jonathan Mildenhall, CMO da marca. Estou ansioso também para ver o Stefan Sagmeister, Anna Wintour e Spike Jonze.

Leia todas sobre Cannes aqui.

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