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Lions Health 2016

GPs de Health & Wellness e Pharma quebram as 'regras'

18.06.16

Os dois GPs do Lions Health, anunciados neste sábado, são cases que derrubam as “regras” da comunicação da indústria farmacêutica. Não se trata de ultrapassar limites ou driblar restrições que as agências de vigilâncias sanitárias impõem ao setor em diversos países. Mas de inovar na linguagem ou na abordagem. “Project Literacy”, o grande vencedor de Health & Wellness, não foca uma doença específica, mas um problema que pode ter efeitos sobre a saúde. Criada pela FCB Inferno, de Londres, a ação foi desenvolvida para o grupo Pearson, um dos maiores da área de educação no mundo, e enfrenta o analfabetismo. Não saber ler ou interpretar corretamente um texto não é uma enfermidade. Mas é capaz de agravar um quadro, como o da desnutrição infantil.

O brasileiro André Laurentino, diretor executivo de criação global para Unilever da Ogilvy & Mather, um dos jurados de Health & Wellness, ressaltou que o case da FCB Inferno atendeu diversos critérios estabelecidos pelo júri. “Tinha de ser uma ideia com capacidade de envolver muitas pessoas e ter a ousadia de mudar algo. O projeto traz uma proposta nova e muito criativa”. De acordo com o presidente do júri, Joshua Prince (CMO da Omnicom Health Group), a campanha, que integrou diversas plataformas, é uma ideia excepcional feita com uma abordagem rica.

A iniciativa tem uma página na web, presença nas redes sociais e um conjunto de vídeos com animação que abordam diversos problemas, cada um deles associado a uma letra do alfabeto (confira mais abaixo). Aids, por exemplo, é o mal ligado à letra A. O Project Literacy reúne profissionais e organizações de várias regiões do planeta e tem a meta de atuar intensamente para que, em 2030, nenhuma criança nasça sob o risco de crescer analfabeta. “O trabalho se saiu tão bem que eles foram convidados a participar da Unesco. Esse é o tamanho de um GP”, afirmou Laurentino.

Na categoria, o Brasil conquistou uma Prata, para a Fbiz (leia mais aqui). Segundo Laurentino, todos os demais finalistas do país (14 campanhas entraram no shortlist) chegaram a ser discutidos como possíveis ganhadores de Leões. As defesas das peças foram feitas por jurados de outras regiões, já que, pelo regulamento do festival, Laurentino não poderia “chamar” a campanha para tentar virar Leão. Isso por ser brasileiro. “Todas essas defesas feitas por outros jurados mostram como os finalistas tiveram mérito”.

Every Breath You Take

O Grand Prix de Pharma, por sua vez, foi considerado inovador por ter adotado uma linguagem emotiva e humana dentro de uma categoria técnica: devices & diagnostics. A presidente do júri, Alexandra von Plato, presidente do Publicis Healthcare Communication Group, disse que as estratégias de divulgação de aparelhos e ferramentas de diagnósticos podem ser bem desinteressantes. “Em geral, a comunicação é funcional. Neste caso, a ação conseguiu emocionar”, explicou.

A Ogilvy & Mather de Londres, que faturou o GP, criou um coral, o “Breathless Choir”, com 18 pessoas que sofrem de problemas respiratórios. Elas usaram um aparelho da Philips, chamado SimplyGo Mini, que auxilia a respiração. Os pacientes se apresentaram cantando “Every breath you take”, música do The Police (veja o vídeo mais abaixo).

Em Pharma, o Brasil conquistou um Ouro, duas Pratas e um Bronze (leia mais aqui).

Leia tudo sobre o #ClubeinCannes aqui.

 

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