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Ser Humano (Rui Piranda)
Ser Humano
é o que resta para mim
e para você
Começa agora o meu sexto ano aqui em Austin para assistir aos meus tradicionais 2% do SxSW. Explico: em cinco dias acontecem quase 1600 palestras. São mais de 300 palestras por dia. Cansou? Eu assisto seis por dia. Tento acompanhar digitalmente algumas outras (mas, confesso, embaralho).
Este ano, boa parte das palestras mostra como a Inteligência Artificial (AI) nos potencializa. Você já tem isso nas mãos. Se você autorizou o Waze a acessar sua agenda, o app avisa o horário que você tem que sair para chegar pontualmente em seu compromisso. Menos uma coisa para pensar, não é?
Este pequeno exemplo serve para mostrar que com este tempo podemos ser mais... humanos. Em que sentido? Com o apoio do digital muitas tarefas diárias saem de nossas mãos. Alguma pessoas têm medo disso. Dizem: "são as máquinas ocupando nossos lugares". Mas com o tempo extra podemos ser mais criativos, sensíveis, pensar em outras coisas.
Meu sócio na ForALL, Rapha Barreto, me apresentou um texto em que a metáfora é: somos os novos centauros. O que nos move, o que nos acelera, são as novas e bem aplicadas tecnologias. E quem conduz tudo isso é nossa cabeça. Parece bom. Aqui, na capital do Texas, vou ver (muitas) palestras que parecem corroborar com este pensamento. Saca os títulos: "Humans, Machines & the future of Industrial Design", "Programing with Purpose", "Robots can Restore Our Humanity", "HI + AI: What's the future of intelligence"...
Reservei (cheio de expectativas) espaço para ver duas palestras sobre o Watson da IBM. Se você não sabe, Watson vem a ser o filho brilhante do sistema Deep Blue que derrotou Kasparov, campeão mundial de xadrez. Watson é um sistema cognitivo. Isto quer dizer que raciocina? Sim. Tem percepção? Sim. E é muito rápido.
Ficou com medo? Kasparov não. Resolveu fazer torneios em que todos agora contam com sistemas que oferecem opções de lance. Antecipam jogadas... Mas quem decide o que fazer é o jogador.
Por que escrevo tudo isso? Porque volta e meia ainda me pego lendo notícias sobre tecnologia e penso: meeeeedooooo. Decidi que não quero mais viver assim. Vim aqui, este ano, com a intenção terapêutica de me tornar um ser humano melhor usando a tecnologia a meu favor. Sem medo. Mas com (bons) critérios, wi-fi grátis, rsrs, e tempo para comparecer ao "Mindful Meditation Meet Up". :)
Rui Piranda
Sócio Fundador da ForALL