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O que pensam os jurados – Miriam Shirley (Publicis)
Criada em 1999, Media Lions é uma das categorias mais disputadas do Festival de Cannes. São tantas inscrições que a organização decidiu adotar neste ano um modelo diferente de julgamento. Ou seja, dividiu os trabalhos entre antes e durante o Festival. Para a seleção do shortlist, foi montado um júri específico para analisar os candidatos semanas antes do Cannes Lions – o mesmo foi feito para Promo & Activation e Direct. As três premiações são as que normalmente têm mais inscrições, depois de Outdoor e Print & Publishing.
No júri presencial – presidido por Mike Cooper, CEO global da PHD Worldwide –, quem representa o Brasil é Miriam Shirley, vice-presidente de mídia da Publicis. Atenta a discussões e debates em eventos como o SXSW, ela aponta algumas tecnologias que podem se destacar no Media Lions: realidade virtual, inteligência artificial e aplicativos com experiências de imersão. “Mas precisamos ver o quanto disso já ultrapassa a esfera do entretenimento e vem sendo aplicado em cases que trazem resultados reais”, diz Miriam. Leia a entrevista com a jurada de Media logo abaixo.
Em 2016, o Brasil conquistou 6 Leões, sendo um de Ouro e os demais de Bronze (veja aqui os ganhadores). No ano anterior, o país obteve 4 Leões. E em 2014, 9, mesmo número de prêmios conquistados em 2013. O Grand Prix de 2016 foi para o McWhopper, case do Burger King que teve os envolvimentos das agências Y&R Nova Zelândia, Y&R Media Nova Zelândia, David Miami e Flying Fish Nova Zelândia (mais detalhes aqui; o vídeo da campanha está mais abaixo). Para ler sobre os critérios do Media Lions ou sobre as subcategorias da premiação, acesse aqui.
O Festival Internacional de Criatividade acontece entre os dias 17 e 24 de junho. Confira a composição de todos os júris aqui.
Leia também o bate-bola com Fernando Machado, head of brand marketing do Burger King e jurado de Creative Effectiveness. O Clubeonline irá publicar ao longo dos próximos dias entrevistas com os demais jurados do Brasil.
Para acompanhar o noticiário completo sobre o Cannes Lions 2017, clique aqui.
1. Nome, cargo e há quanto tempo comparece ao Festival de Cannes.
Miriam Shirley, vice-presidente de mídia da Publicis. Já estive em Cannes três vezes.
2. Este ano, júris estão reduzidos, uma decisão para melhorar a qualidade dos debates (de acordo com a organização). Como avalia o papel do jurado? Que desafios ele enfrenta?
O jurado de Cannes tem uma responsabilidade enorme com todo o mercado e com o público. Ao selecionar as peças mais relevantes do mundo em sua categoria, ele ajuda a definir as principais tendências da comunicação e também a reconhecer agências, anunciantes, veículos, produtoras, enfim, todos os players do segmento que vêm desenvolvendo um trabalho de excelência e que, dessa forma, ajudam a movimentar a economia e a influenciar o comportamento dos consumidores.
3. O que já conseguiu acompanhar da sua categoria? Resultados em outros festivais? Tendências da área? Campanhas que têm se destacado no mercado, nas redes sociais e na mídia especializada?
Acompanho e procuro absorver tudo o que posso, do que é mostrado no SXSW aos breaks do Super Bowl. Para mim, realidade virtual, inteligência artificial, apps com experiências de imersão são algumas tendências. Mas precisamos ver o quanto disso já ultrapassa a esfera do entretenimento e vem sendo aplicado em cases que trazem resultados reais para os clientes.
4. O que espera da participação do Brasil no Cannes Lions?
Espero que o país leve mais trabalhos que conciliem o uso inovador das plataformas de mídia com bons resultados para os clientes. Isso nos permitiria ter um melhor desempenho em categorias como Innovation, Media e até Titanium.
5. Se tivesse o poder de mudar algo em Cannes, tanto na premiação quanto no conteúdo, o que seria?
Acho que a organização do festival tem sido muito feliz em atualizar o evento ao longo dos anos para que ele mantenha a sua relevância depois de tanto tempo. A Discovery Zone do Innovation Lions, por exemplo, para mim, é uma das grandes atrações do festival: uma área que reúne startups do mundo todo. Se eu pudesse não digo mudar, mas sugerir algo para Cannes seria exatamente isso: empenhar mais esforços em lançar esse olhar para o futuro.