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O que pensam os jurados – Moacyr Netto (W3haus)
Criatividade que constrói relacionamentos e que provocas respostas diretas do consumidor, gerando resultados mensuráveis. Desse modo o Cannes Lions define a premiação de Direct, lançada em 2002. O que se pode esperar da disputa deste ano? “Devem ir bem cases que não têm o formato clássico de mala-direta, mas que são ações de marca que, mesmo tendo uma grande repercussão, falam com um público específico”, afirma Moacyr Netto, vice-presidente de criação da W3haus e jurado brasileiro na categoria.
O Grand Prix do ano passado ilustra isso. The Swedish Number, campanha da Ingo Stockholm, criada para a Swedish Tourist Association, adotou um número para o qual interessados em conhecer o país poderiam ligar e, desse modo, falar com um sueco, que daria dicas de turismo mais personalizadas. Essa base de apoio foi constituída por 30 mil pessoas, entre elas o primeiro-ministro sueco (leia mais detalhes aqui e veja o videocase mais abaixo).
Entre os cases que vem se destacando no último ano e podem surpreender em Cannes, Netto aponta “Boost Your Voice”, da 180 LA para Boost Mobile, e “Meet Graham”, da Clemenger BBDO de Melbourne para a Transport Comission Victoria (confira os filmes mais abaixo).
O Brasil costumava se destacar na área com uma boa quantidade de Leões. No ano passado, foram quatro (todos de Bronze – os vencedores estão aqui ). Em 2015, três. Em 2014 e 2013, os resultados foram melhores, com oito e nove Leões, respectivamente. A expectativa do jurado brasileiro é ter cases mais competitivos nesta edição.
O júri deste ano é presidido por Ted Lim, CCO da Dentsu Brand Agencies. As regras de Direct estabelecem que a ideia e os resultados têm peso de 30%, cada, para atribuição de prêmio. Estratégia e execução respondem por 20%. Mais detalhes da categoria podem ser consultados por meio deste link.
O Festival Internacional de Criatividade acontece entre os dias 17 e 24 de junho. Confira a composição de todos os júris aqui.
O Clubeonline está publicando entrevistas com jurados do Brasil. Leia o que já saiu: Fernando Machado (Burger King/ Creative Effectiveness), Miriam Shirley (Publicis/ Media), Marcelo Pascoa (Coca-Cola/ Entertainment), Mario D’Andrea (Dentsu Brasil/ Radio), Celio Ashcar (Aktuellmix/ Promo & Activation), Mario Narita (Narita Design/ Design), Rafael Pitanguy (Y&R/ Mobile), Gabriel Araujo (Ketchum e Little George/ PR), Claudio Lima (Ogilvy/ Print), Roberto Coelho (Satélite Áudio/ Film Craft), Erh Ray (BETC-Havas/ Film), Diego Freitas (Havas Life São Paulo/ Health & Wellness) e Bruno Prosperi (AlmapBBDO/ Outdoor).
Para acompanhar o noticiário completo sobre o Cannes Lions 2017, clique aqui.
1. Nome, cargo e há quanto tempo comparece ao Festival de Cannes.
Moacyr Netto, vice-presidente de criação da W3haus. Vou a Cannes há 11 anos. Fui jurado em 2013 em Promo.
2. Este ano, júris estão reduzidos, uma decisão para melhorar a qualidade dos debates (de acordo com a organização). Como avalia o papel do jurado? Que desafios ele enfrenta?
Achei uma ótima ideia a redução do júri presencial. Com menos pessoas, sobra mais espaço para todos expressarem seus pontos de vista e a discussão fica mais rica, mais quente com réplicas e tréplicas. Acabei de passar por essa experiência de júri reduzido no D&AD e foi bem produtivo. Então, vai ser um ótimo formato. Também achei bem bom fazer o pré-julgamento online. Seriam muitas inscrições para serem avaliadas com o devido carinho no tempo que temos lá em Cannes. O pré-julgamento acaba garantindo uma seleção de shortlist mais bem cuidada.
3. O que já conseguiu acompanhar da sua categoria? Resultados em outros festivais? Tendências da área? Campanhas que têm se destacado no mercado, nas redes sociais e na mídia especializada?
Direct é uma categoria particular, em que ideia e resultados têm o mesmo peso. Claro que é um festival de criatividade. Então, vamos buscar as ideias mais impactantes, mas sempre com um olhar para saber se os resultados entregam os objetivos de cada peça. Como tendências, acho que devem ir bem cases que não têm o formato clássico de mala-direta, mas são ações de marca que, mesmo tendo uma grande repercussão, falam com um público específico e provocam um resultado mensurável (como “Boost Your Voice”, “Meet Graham”). A categoria tem ficado cada vez mais interessante e flexível, mas também quero muito descobrir aquelas ideias clássicas de Direct que surpreendem pela simplicidade, pelo craft e por inovar no conceito, e não na forma.
4. O que espera da participação do Brasil no Cannes Lions?
Eu ainda estou recebendo os trabalhos brasileiros. Prefiro esperar e estudar cada um pra fazer um prognóstico. Mas tô na torcida por ver mais cases competitivos do Brasil pra gente batalhar pelos nossos Leões lá.
5. Se tivesse o poder de mudar algo em Cannes, tanto na premiação quanto no conteúdo, o que seria?
Largaria mão daquela sala escura gelada e faria o júri na praia em St Tropez. Brincadeira. Acho que Cannes tem se reinventado, abraçando novas áreas como Health, Entertainment, investindo na experiência e no conteúdo. Tenho gostado muito da evolução do Festival, mas pra não deixar sem resposta, talvez eu reorganizasse as subcategorias pra que cada categoria ficasse ainda mais focada em sua essência.