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Cannes Lions 2017

O que pensa um presidente de júri – PJ Pereira (POD)

15.06.17

Dois brasileiros presidem júris nesta edição do Cannes Lions. Um deles é PJ Pereira, cofundador da Pereira & O’Dell, que comanda o corpo de jurados da categoria Entertainment – o outro presidente de júri é Mario D’Andrea (Dentsu), que comentou a categoria Radio para o Clubeonline (leia mais aqui).

Com mais de 20 anos acompanhando o Festival, PJ afirma que seria importante valorizar mais o “tempo para estudar”. Ou seja, os delegados poderiam dedicar mais horas para a análise dos finalistas em cada categoria, que ficam expostos por períodos curtos no interior do Palais des Festivals. Isso acontecia com mais frequência na fase em que o Cannes Lions não tinha tantos eventos extras, entre reuniões e encontros, como ocorre atualmente. “As atividades paralelas estão dificultando esse lado. Tem gente que não entra no Palais”, comenta.

A categoria Entertainment tem ainda no júri os brasileiros Marcelo Páscoa, diretor criativo global da Coca-Cola, e Ricardo Dias, vice-presidente de marketing Middle Americas da AB Inbev. Em 2016, o Brasil teve sete finalistas, mas não conquistou prêmios.

Na edição anterior, quando a categoria se chamava Branded Content & Entertainment, o país obteve 4 Leões. Em 2013, a Pereira & O’Dell levou o Grand Prix com o case “The Beauty Inside” (nesse ano, os Leões brasileiros chegaram a seis).

O GP de 2016 foi para “The Displaced”, da VRSE.Works de Los Angeles para o jornal The New York Times, um projeto que envolvia uma narrativa documental vista por realidade virtual com o uso do Google Cardboard.

O Clubeonline publicou entrevistas com jurados brasileiros sobre os desafios e as tendências de cada categoria (confira a composição de todos os júris aqui), além de indicações de cases que poderão sair premiados no Festival Internacional de Criatividade, que começa neste sábado e vai até 24 de junho.

Leia os comentários de Fernando Machado (Burger King/ Creative Effectiveness), Miriam Shirley (Publicis/ Media), Marcelo Pascoa (Coca-Cola/ Entertainment), Mario D’Andrea (Dentsu Brasil/ Radio), Celio Ashcar (Aktuellmix/ Promo & Activation), Mario Narita (Narita Design/ Design), Rafael Pitanguy (Y&R/ Mobile), Gabriel Araujo (Ketchum e Little George/ PR), Claudio Lima (Ogilvy/ Print), Roberto Coelho (Satélite Áudio/ Film Craft), Erh Ray (BETC-Havas/ Film), Diego Freitas (Havas Life São Paulo/ Health & Wellness), Bruno Prosperi (AlmapBBDO/ Outdoor), Moacyr Netto (W3haus/ Direct) e Sergio Gordilho (Africa/ Cyber).

As entregas dos prêmios acontecem nos seguintes dias:

Sábado 17 - Premiação – Pharma e Health & Wellness

Segunda 19 - Premiação - Promo Lions, Print & Publishing Lions, PR Lions, Outdoor Lions e Glass Lions

Terça 20 - Premiação - Direct Lions, Creative Data Lions, Innovation Lions, Cyber Lions e Mobile Lions

Quarta 21 - Premiação - Product Design Lions, Design Lions, Media Lions, Entertainment Lions e Entertainment Lions for Music

Sexta 23 - Premiação - Digital Craft Lions, Creative Effectiveness Lions, Radio e Film Craft Lions

Sábado 24 - Premiação - Integrated Lions, Titanium Lions e Film Lions

 

Para acompanhar o noticiário completo sobre o Cannes Lions 2017, clique aqui.
1. Nome, cargo e há quanto tempo comparece ao Festival de Cannes.
PJ Pereira, cofundador da Pereira & O’Dell. Frequento há 22 anos consecutivos.

2. Este ano, júris estão reduzidos, uma decisão para melhorar a qualidade dos debates (de acordo com a organização). Como avalia o papel do jurado? Que desafios ele enfrenta? E o do presidente de júri?

Presidente de júri é uma questão mais delicada para responder. Meu objetivo é ajudar o júri.

3. O que já conseguiu acompanhar da sua categoria? Resultados em outros festivais? Tendências da área? Campanhas que têm se destacado no mercado, nas redes sociais e na mídia especializada?

Cannes é festival de anti-tendência. O prêmio não pode ser dado ao que seguiu uma tendência. Saindo de Cannes é que o case pode virar tendência. Em Entertainment não há nada muito claro. Há vários candidatos fortes.

4. O que espera da participação do Brasil no Cannes Lions?
Não tenho ideia do que vem acontecendo no Brasil. Estou longe há muito tempo. Mas também procurei não saber muito antes. Estou tentando me surpreender. Fora da categoria, acho que o grande vencedor em Cannes será “Fearless Girl”. Vai levar algum GP.

5. Se tivesse o poder de mudar algo em Cannes, tanto na premiação quanto no conteúdo, o que seria? 

Talvez eu seja movido por um saudosismo. Mas acho que é preciso retomar um espaço para o estudo. Tem tantas coisas acontecendo nos últimos cinco anos. É prêmio, é networking, é reunião. E assim as pessoas não entram para ver cases [há uma exposição no interior do Palais com todos os finalistas das categorias].  É importante olhar esses resultados para reciclar. As atividades paralelas estão dificultando esse lado. Tem gente que não entra no Palais. Não assisto palestras. Muitas vezes convivo com alguns dos palestrantes. Ou são clientes. Por isso, prefiro ver o trabalho. Acho que isso deveria ser a essência. Conteúdo é importante, mas ter mais tempo de ver os trabalhos também é.

Cannes Lions 2017

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