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O que quer a Oath, empresa que une AOL e Yahoo
Chega ao mercado a Oath – subsidiária da Verizon que une as operações do Yahoo (cuja aquisição se conclui nas próximas semanas) e AOL. Pela primeira vez, o CEO global Tim Armstrong falou sobre os planos da nova empresa, que seria lançada mais adiante. Um vazamento na imprensa acabou antecipando o anúncio feito nesta segunda-feira, 18, em Cannes.
Com negócios de conteúdo, plataformas e dados, a Oath tem a concorrência de Google e Facebook, que dominam o mercado digital de publicidade. Mas a empresa quer expandir sua atuação, com o fortalecimento de operações em mercados como Ásia e América Latina. Sim, o Brasil é uma prioridade para um ecossistema que pretende atingir 2 bilhões de consumidores no mundo até 2020.
A estratégia da Oath é dividida em dois momentos, segundo Armstrong. O primeiro é deixar claro às marcas e consumidores como é o portfólio de marcas e as possibilidades da empresa. O segundo momento, previsto para daqui a um ano, é ser vista como uma empresa que utiliza esse portfólio com o objetivo comum de construir marcas no mundo digital.
“No longo prazo, temos a visão da publicidade como serviço e, dele, queremos construir relações entre marcas e consumidores, com foco no mobile. Nosso objetivo não é competir diretamente com Google e Facebook, mas abrir uma nova relação com os consumidores”, analisa. “O primeiro passo foi ouvir os anunciantes, que desejam uma relação de mais confiança no digital”, afirmou Armstrong. A declaração cutuca os concorrentes, que estiveram no epicentro de uma crise de confiança na publicidade digital.
Segundo Armstrong, se Google é automaticamente relacionado a search, e Facebook a social, a Oath quer ser relacionada a “marcas”.
E o Brasil?
A Oath nasce, segundo Armstrong, com um tamanho similar ao da Netflix, mas com planos de expansão. Tem cerca de 50 marcas de mídia (como Tech Crunch e Yahoo Finances) e de tecnologia, unidas sob a missão de entregar conteúdo e publicidade com foco em plataformas mobile. A empresa tem metas claras de obter, até 2020, um faturamento entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões, e atingir 2 bilhões de consumidores (hoje, são 1,3 bi).
Embora fale com mais empolgação sobre a região da Ásia, Armstrong enxerga o Brasil e a América Latina como as regiões em que a empresa precisa crescer – como forma de guiar os objetivos globais de ampliar receitas e consumidores conectados à Oath. “Temos que crescer e a América Latina é muito importante para nós. No Brasil, fizemos bons negócios nos últimos anos e a relação com a Microsoft foi importante para AOL. Também fomos bem com o lado Yahoo e me encontrei ontem com o Andre Izay, que fez um grande time integrado. Vamos continuar crescendo no Brasil”, afirmou John DeVine, vice-presidente de global sales and customer operations.