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Cannes Lions 2017

Colômbia ganha GP e Brasil, seu 1º Leão em Product Design

21.06.17

O Brasil conquistou seu primeiro Leão (Bronze) na curta história da categoria Product Design no Festival de Cannes. O feito coube ao curitibano Furf Design Studio, que criou a iniciativa "Confetti Prosthetic Leg Cover", para Ethnos.

O trabalho consistiu na criação de capas coloridas e personalizadas para próteses de pernas - chamadas Confetti. Com objetivos funcionais e emocionais, elas melhoraram a vida de quem necessitava de uma opção menos agressiva de prótese. A iniciativa teve produção em massa e representou uma redução de custos de 80% em relação ao resto do mercado. Os três valores propostos pela Confetti são: é barata, colorida e democrática.

Os resultados positivos para o Brasil, no entanto, param por aí. "O país teve presença pequena na categoria. Cannes é sinônimo de publicidade, embora tenha se ampliado. E designers ainda não separam isso. Alguns projetos estavam fora da categoria correta. É preciso mais informação ao brasileiro de que Cannes também é design", afirmou Elisabeth Castanheira, design e consultora que representou o país na categoria.

Força latina

O Grand Prix foi para "Payphone Bank", da Grey de Bogotá para o cliente Tigo-Une, que venceu, em disputa apertada, "Spetacles", do Snapchat - o óculos que grava snaps.

O case colombiano tem como objetivo ajudar pessoas de  baixa renda a poupar dinheiro e integrá-las ao sistema financeiro (a maioria dos colombianos de baixa renda não possui contas bancárias). A solução: elas precisam apenas abrir contas e colocar as moedas que lhes sobram em telefones públicos - que, graças à tecnologia, se tornam terminais bancários.  São 6,5 mil telefones espalhados por Bogotá, que possibilitam, inclusive, que sejam feitas compras de produtos básicos.

"O design de produtos não é apenas fazer a luminária de US$ 10 mil, mas sim estar atento ao que está acontecendo no mundo para causar uma transformação positiva. A orientação do júri tinha a ver com essa minha visão. Temos que nos preocupar com forma, estilo, mas também com um pensamento transversal: qual é a necessidade, o contexto e melhor solução pensando na complexidade do mundo em que vivemos hoje. O Grand Prix representa muito isso", analisou Elisabeth. 

Cannes Lions 2017

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