Cannes Lions 2017

A campanha "Repeat the punchline", "Long Red Thin Shape" e "No One Cheerses", "da Ogilvy & Mather Joanesburgo para KFC, levou o Grand Prix de Radio.

A sensação de déjà vu foi inevitável, já que, em 2016, o GP foi para uma campanha da mesma agência para o mesmo cliente. E até com o mesmo locutor (relembre aqui o prêmio máximo de 2016).  "Discutimos esse fator na noite anterior à decisão, mas a verdade é que a peça se destacou tanto que ela foi a única unanimidade na hora de apontarmos as campanhas que poderiam se credenciar ao Grand Prix. Esse tipo de repetição não é novidade no festival", explica Mário D´Andrea, CEO do Dentsu Creative Group."São pessoas verdadeiras falando de seus problemas. É rádio na veia", com boa atuação, roteiro, edição e timing correto", elogia o executivo.

O Brasil conquistou 1 Ouro, com o spot "Hitler", da Y&R para a ONG Cepia. A ação de rádio é voltada ao público mais jovem. A peça usa um discurso falso de Hitler, cuja tradução não corresponde ao que estava sendo falado. As frases são mostradas em sequência até que, ao final, se descobre que são escritas de verdade nas redes sociais - com cunho racista, sexista e preconceituoso. "A mensagem é que, se deixarmos esse tipo de coisa acontecer, esse jovens se tornarão pequenos ditadores no futuro. A peça foi aplaudida pelo júri", certifica D´Andrea.

Como tendência, o publicitário apontou que a categoria ganhou uma nova dimensão a partir das ferramentas digitais. "A penetração cresceu e surgiram formatos que seriam impensáveis há alguns anos", analisou.

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