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Histórias para celebrar
Nesta segunda-feira, 29, a Universal Pictures anunciou que uma HQ americana, “Birthright”, da editora Image, irá virar filme. Histórias em quadrinhos virando longas não são novidades. Mas, neste caso, é importante ressaltar que a obra em questão é desenhada pelo brasileiro Andrei Bressan, que trabalha para o mercado americano desde 2012 a partir de sua cidade natal, Piracicaba (SP). No mundo dos quadrinhos, a revelação foi comemorada com entusiasmo. O comunicado foi feito coincidentemente na véspera do Dia Nacional do Quadrinho, que se celebra em 30 de janeiro.
Escrita por Joshua Williamson, Birthright faz parte do selo Skybound, que é dono dos quadrinhos de The Walking Dead. É uma história de fantasia que envolve um garoto que vai parar em outro mundo repleto de magias e monstros. Bressan é conhecido por ter ilustrado para a DC Comics, trabalhando nos títulos Esquadrão Suicida e Batman e Robin, entre outros. O filme, que ainda não tem elenco, terá roteiro de Kean Daurio e Cinco Paul, que assinam o blockbuster Meu Malvado Favorito.
Não é a primeira vez, diga-se, que a arte de um quadrinhista de origem brasileira se transforma em conteúdo cinematográfico. “A Cidade Mais Fria”, com desenhos do anglo-brasileiro Sam Hart, foi parar nas telonas em uma adaptação, “Atômica”, que contou com Charlize Teron.
No final do ano passado, a Netflix comunicou a produção de uma série baseada num quadrinho do brasileiro Gabriel Bá, que, junto com seu irmão gêmeo Fábio Moon, responde pela 10 Pãezinhos. Os irmãos criaram quadrinhos para o mercado americano e tiveram suas obras publicadas na França, Itália e Espanha, além dos EUA e do Brasil. São os quadrinhistas brasileiros mais notórios no exterior hoje. Têm na estante, por exemplo, algumas conquistas no Eisner Awards, o mais prestigiado do segmento.
A série da Netflix é The Umbrella Academy, com ilustrações de Bá e roteiro de Gerard Way, da banda My Chemical Romance. A produção tem Ellen Page (“Juno”, “A Origem”) como a principal personagem.
Quando tudo começou
Birthright, de fato, é uma produção americana, mas que conta com o talento brasileiro. Os próprios artistas que conseguiram se destacar no mercado internacional fazem questão de incentivar o nacional. Gabriel Bá publicou nesta terça-feira, em seu perfil no Instagram, um desenho em comemoração pela data. E nele está a hashtag #AngeloAgostini. A referência é essencial para entender a história dos quadrinhos no país.
O dia 30 de janeiro foi escolhido para marcar o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos – instituído pela Academia Brasileira de Letras e pela Associação Brasileira de Imprensa – porque nessa data, em 1869, Angelo Agostini, um italiano que veio jovem ao país, publicou na revista Vida Fluminense a primeira HQ do Brasil: As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte.
Em 1984, a Associação dos Quadrinhistas e Cartunistas do Estado de São Paulo criou uma celebração para a data. E, assim, foi lançado o Prêmio Angelo Agostini, que desde então confere prêmios aos melhores profissionais da HQ.
Neste ano, a entrega dos troféus será no dia 3 de fevereiro, no Memorial da América Latina. Os ganhadores da 34ª edição do Prêmio são:
- Melhor Desenhista – Mario Cau (Monstruário)
- Melhor roteirista - Marcelo Marchi (Bilhetes)
- Melhor cartunista - Guilherme Bandeira (Razão e Emoção)
- Melhor lançamento - Labirinto (Thiago Souto)
- Melhor lançamento independente - Bilhetes (Paulo Borges)
- Melhor Web Quadrinho - Na mira da Lena (Luciano Freitas)
- Melhor Fanzine sobre Quadrinhos - Tchê (Denilson Rosa Reis)
- Prêmio Jayme Cortez - Fabio Tatsubô (Gibiteca de Santos)
- Mestres - Jal, José Menezes, Floreal, Marcelo Cassaro
Lena Castellón