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Violência doméstica

F.biz cria para IMP, a partir de comentários de vítimas

11.12.18

O Instituto Maria da Penha (IMP) apresenta novo siteque foi desenvolvido a partir de uma pesquisa sobre violência contra mulher, realizada pela F.biz.

O site possui três áreas principais: "Preciso de ajuda" (Lei Maria da Penha e O que é violência doméstica); "Quero entender" (Ciclo da violência e Tipos de violência); e "Quero conhecer" (Quem é Maria da Penha e O Instituto), além de apresentar a história de Maria da Penha Fernandes, fundadora e presidente do IMP, que sofreu duas tentativas de assassinato pelo marido.

Para desenvolver o projeto, a equipe de insights da F.biz, que fica dentro do hub de estratégia da agência,  inicialmente analisou notícias sobre as vítimas e concluiu que, ao procurar ajuda na internet, a mulher em situação de violência se depara com a "frieza dos noticiários" e a "falta de suporte".

Também foi constatado que os relatos não são expostos em redes tradicionais: são, segundo apurado pela agência, "confissões anônimas feitas apenas em ambientes onde a vítima tem a certeza de que não será identificada".

Neste contexto, a agência teve o desafio de descobrir onde as mulheres buscavam apoio. "Deixamos de lado as ferramentas convencionais de pesquisa e utilizamos um método de raspagem de dados e tratamento das informações, feito a partir de planilhas e do Gephi", relata Renata d'Ávila, CSO da F.biz.

A pesquisa foi direcionada para buscar contextos ligados ao universo da violência doméstica, como "meu marido me agrediu" ou "estou com medo do meu esposo". Dessa maneira, foi possível localizar os sites e fóruns (de portais religiosos a comunidades sobre família) que são utilizados como canais de desabafos.

Entre os padrões de comportamentos detectados pela agência estão o "sentimento de invadir o espaço de outra pessoa" (traduzido pela expressão "desculpa o desabafo") e o "acolhimento" (deduzido pela frequência com que os comentários são feitos).

Em seguida, a F.biz montou uma rede de palavras (veja abaixo). Na parte central, os cenários mais alarmantes: o medo e a desculpa estão relacionados; diversas mulheres relatam agressões durante a gravidez; e os filhos são uma preocupação constante.

Quanto maior o tamanho da letra, maior é a frequência com que o termo se repete. Já a proximidade indica as expressões que aparecem juntas mais vezes.

"Refizemos o site a fim de que as pessoas possam encontrar um ambiente de acolhimento e amparo às vítimas, seus familiares e amigos. Com pesquisas, relatórios e um campo especial para doação, vamos contribuir para que o Instituto siga ajudando a transformar o cenário de violência no Brasil", defende Renata d'Ávila.

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