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Apple perde receita com iPhone, mas serviços vão bem
Sinais negativos já tinham sido dados. No início do ano, um profit warning tinha sido emitido pela Apple. Havia a expectativa de queda na receita, principalmente em função das vendas do iPhone. Nesta terça-feira, 29, a empresa divulgou os resultados financeiros do trimestre que terminou em dezembro – é o primeiro trimestre do ano fiscal de 2019. Embora os números sejam mesmo negativos, o cenário está melhor do que se desenhava antes. Ao menos, é o que o CEO Tim Cook apontou com o anúncio do balanço feito aos investidores.
A companhia reportou receita de US$ 84,3 bilhões no primeiro trimestre, uma redução de 5% em comparação ao mesmo período no ano anterior. As vendas internacionais respondem por 62% do movimento do trimestre. O faturamento com a comercialização do iPhone diminuiu 15% em relação ao ano passado. Por outro lado, as receitas obtidas com outros produtos e com serviços cresceram 19%. No caso de serviços – o que inclui Apple Pay, iCloud e Apple Music –, o aumento foi de 19%, chegando a US$ 10,9 bilhões.
Como destaca o Guardian, é o primeiro declínio de receitas e lucros da Apple em mais de uma década. O jornal lembra ainda que o profit warning foi o primeiro lançado desde que o iPhone entrou para o mercado (leia mais aqui). E a principal razão disso é a China, cujas vendas caíram cerca de US$ 5 bilhões de um exercício para o outro. Outro fator foi o aumento do dólar, que influenciou negativamente as vendas em outros mercados, além do chinês.
Sem abrir números de vendas, a Apple ressaltou que conta com uma base recorde de dispositivos no mercado. Em comunicado, Cook afirmou que foi decepcionante perder a orientação de receita, porém os resultados do trimestre demonstraram para a companhia que a força de seus negócios é profunda e ampla. “Nossa base de dispositivos ativos instalados atingiu um recorde histórico de 1,4 bilhão no primeiro trimestre, crescendo em cada um dos nossos segmentos geográficos. Isso é um ótimo testemunho da satisfação e lealdade de nossos clientes, e está impulsionando nossos negócios de serviços para novos recordes graças ao nosso ecossistema grande e de rápido crescimento", declarou.
Em entrevista para a Reuters, Cook disse que a companhia pensa em reduzir preços do iPhone em países onde a variação cambial do dólar tenha impactado as vendas. Mas não detalhou que regiões seriam beneficiadas e quando essa estratégia passaria a ser adotada.
O balanço da Apple foi divulgado em meio a um problema de privacidade relacionado ao aplicativo FaceTime. Por uma falha no software, alguns usuários conseguiam ouvir sons e mesmo ver imagens de outro dono de iPhone sem que este tivesse atendido a chamada. A empresa desativou um recurso da aplicação (chamada em grupo) que estaria envolvido com o bug. Isso até corrigir o problema e gerar uma atualização do sistema.
Streaming de games?
Já que serviços estão compensando a queda de vendas do iPhone, a Apple está investindo nessa área e, de acordo com rumores do mercado americano, o próximo alvo é uma plataforma de streaming para games. A companhia teria iniciado conversas com publishers no ano passado para criar uma “Netflix dos jogos”. São passos muito iniciais, conforme o site Cheddar, que trouxe a notícia ao mundo. Tão iniciais que a Apple pode até abandonar o plano.
Especula-se que, se a Apple adentrar esse setor, pode ser com foco em uma plataforma dirigido a assinaturas de games para celular. Afinal, a chegada do iPhone ao mercado impulsionou os apps de jogos. A Sony tem seu serviço de streaming, o PlayStation Now, e a Microsoft também (Xbox Game Pass e Project X-Cloud, uma plataforma mobile), ambos focados em seus produtos. O Google conta com o Project Stream.
Verdade ou não, a Apple anuncia mais uma parceria firmada para o serviço Apple Music. A partir desta sexta-feira, 1º de fevereiro, assinantes podem ter acesso a 50 milhões de músicas em qualquer voo da American Airlines nos EUA que disponibilize wi-fi, sem ter de pagar por isso.