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Com Natura, festival fará até pedra levitar em arena
Parceira do Rock in Rio, a Natura é cocriadora de uma atração nova no festival. É a arena “Nave - Nosso Futuro é Agora”, espaço interativo e imersivo que tem a proposta de levar o público do evento a ter um novo olhar para o mundo, de estimular a conexão entre pessoas, conscientizar pela busca do equilíbrio e promover a transformação. Para cumprir esses objetivos, será montada uma experiência sensorial de proporções olímpicas no velódromo da Cidade do Rock. O espaço contará com pouco mais de 5 mil metros quadrados para projeção de imagens (video mapping) e terá uma cenografia que remete à topografia de um ambiente natural. Essa dimensão representa quase duas vezes o tamanho do gramado do Maracanã.
A atração envolve música, arte e tecnologia e tem capacidade para receber 2.400 pessoas, a cada sessão, que dura cerca de 20 minutos. Na área central, serão recebidas 400 pessoas (por ordem de chegada); as demais ficarão nas arquibancadas. Quem estiver no centro da atração, poderá interagir mais com a experiência. Isso porque o espaço se ilumina com passos dados (sensores captam movimentos), se transforma com as projeções mapeadas e, ao longo da jornada, surgem camas elásticas representando vulcões - nas quais as pessoas poderão pular. Além disso, poderá ver de perto pedras gigantescas subindo ao alto, sem fios ou cordas para içá-las. Os demais participantes acompanharão tudo isso das arquibancadas, captando também as cenas, os cheiros e os sons da arena (veja vídeo abaixo para conferir mais detalhes do projeto).
As pedras que levitam, bem como todas as partes da narrativa criada pelo curador artístico Marcello Dantas, foram desenvolvidas no Brasil. No caso, são rochas cenográficas que vão erguê-las com gás hélio. O time encarregado disso conta com especialistas em balões de gás hélio, cenografistas e responsáveis pela navegação das peças - que passaram por um teste na semana passada, com sucesso. São profissionais contratatados pelo Rock in Rio, que tem uma equipe multidisciplinar para montar esse e outros de seus espaços no festival. Ela inclui engenharia, produção, marketing e comunicação. Não há agências ou produtoras envolvidas nesse processo. “A Natura faz parte da criação do projeto. A montagem é nossa. Levará em torno de um mês para ficar pronta”, conta Luis Justo, CEO do Rock in Rio.
Transformação
Segundo Roberta Medina, vice-presidente executiva do festival, a nova arena materializa a convicção dos organizadores de que o “entretenimento é uma poderosa ferramenta para gerar transformação social”. Como ela declara, as vivências proporcionadas pela Nave - uma experiência coletiva que apresenta ao visitante um universo de sensações dividido em cinco movimentos (equilíbrio, aceleração, suspensão, reflexão e sincronização) - visam inspirar as pessoas a assumirem o protagonismo da mudança em função de suas escolhas no dia a dia.
A vice-presidente de marketing, inovação e sustentabilidade da Natura, Andrea Alvares, destaca que a parceria, construída seis meses atrás, casa com os valores da marca, que completa meio século de existência neste ano. Com forte associação com a sustentabilidade, a empresa discutia o que construir para os próximos 50 anos. O que uma marca de beleza pode fazer pelo mundo?
Dessa postura, nasceu um conceito: “o mundo é mais bonito com você” e a hashtag #porummundomaisbonito. A parceria com o Rock in Rio reflete esse posicionamento. “Precisamos ser mais conscientes. Se a gente se juntar pelo mundo, como se junta pela música, nós mudamos o mundo. Temos de fazer as pessoas refletirem”, diz Andrea. A executiva afirma que a Nave pretende fazer um chamado para o engajamento das pessoas para que elas transformem o mundo em um lugar mais bonito, empático e sustentável.
Sincronia
Especialista em conteúdos multimídia e idealizador do Museu da Língua Portuguesa e do Museu de Ciências Catavento, em São Paulo, Dantas foi convocado no ano passado para assumir a curadoria do projeto. Ele se perguntou quais são os signos da era em que vivemos. Um deles é a aceleração, que causa sensação de dissonância. Uma das ideias da narrativa é abordar a perda de sincronia, que afeta também a relação com a natureza. Uma das áreas em que as pessoas se sincronizam é a música. Esses elementos fazem parte da jornada que a Nave irá proporcionar ao público. É uma forma de oferecer a eles chances de voltarem a se sincronizar com o mundo e com outras pessoas, permitindo a criação de um novo futuro. Ao final da experiência, será apresentada uma música, que está sendo preparada em segredo para a atração. Mas será algo para “celebrar o encontro, o carinho, a natureza”, conta Dantas.
De acordo com o curador, não há nada parecido no mundo. “Existem experiências artísticas com linguagem imersiva, mas nenhuma é ao mesmo tempo interativa, coletiva e imersiva”, diz. Dantas acrescenta que o público estará entrando “num mundo virtual de verdade”. No caso do video mapping, a maior preocupação foi com a resolução. A razão é que normalmente os projetos com esse tipo de projeção são feitos em prédios. Na arena Nave, as imagens estarão aos pés dos visitantes. Portanto, o desafio foi trabalhar com alta resolução. São 30 computadores para dar playback. E por cima disso ainda há a camada de interatividade. Tudo feito em casa, como ressalta Dantas.
Sustentabilidade
O Rock in Rio - que este ano acontece nos dias 27, 28 e 29 de setembro e 3, 4, 5, e 6 de outubro - lançou em 2001 o projeto “Por um mundo melhor”, assumindo o compromisso de conscientizar as pessoas para o fato de que pequenas atitudes cotidianas são o caminho para fazer do mundo um lugar melhor. Em 2013, o festival recebeu a certificação da norma ISO 20121 – Eventos Sustentáveis. Em 19 edições, foram criados 212,5 mil empregos diretos e indiretos e gerados mais de R$ 100 milhões investidos em causas socioambientais. Em 2016, foi anunciado o Amazonia Live, mais um projeto socioambiental, que esteve presente em todas as edições do festival nos países onde o evento é realizado. Por meio desse trabalho, já foi garantido o reflorestamento de mais de 73 milhões de árvores.
A arena “Nave - Nosso Futuro é Agora” faz parte dessa visão pela sustentabilidade. A direção geral do projeto é de Roberta Medina, que divide a concepção da iniciativa com a empreendedora social Denise Chaer em cocriação com Andrea Alvares, Maria Paula Fonseca, diretora global da marca Natura, e Fernanda Paiva, gerente de marketing institucional da empresa.
Lena Castellón