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120 dias pra receber e ficar sem a propriedade intelectual?
A General Mills, dona de marcas como Cheerios, Yoki e Häagen Dazs, está provocando insatisfação entre agências que a companhia chamou para algumas concorrências nos EUA. Isso porque os termos para o pitch foram considerados insanos. Entre as condições colocadas para as agências estão pagamento em 120 dias, nenhuma compensação pelo trabalho apresentado no processo e propriedade total dos conceitos criativos, mesmo que a empresa não seja contratada. As informações são da AdWeek.
Os briefs também estão perturbando as agências, que são convidadas a apresentar propostas para atender projetos (e não contas). Fontes ouvidas por AdWeek contam que elas não são informadas para quais marcas têm de desenvolver a proposta, quantos projetos serão entregues a quem vencer as concorrências, nem quanto tempo vai durar o contrato. As agências que receberam esses termos teriam sido as independentes menores e redes de médio porte.
Um porta-voz da General Mills declarou para AdWeek que a companhia está explorando a evolução das relações comerciais com as agências de forma a torná-las adequadas para o futuro. Disse ainda que a empresa busca um equilíbrio que atenda às necessidades de negócios das marcas.
Como lembra a própria AdWeek, algumas práticas já são conhecidas do mercado. O pagamento em 120 dias, por exemplo. Alongar por períodos largos o prazo de pagamento é algo adotado por grandes anunciantes mundiais, como AB Inbev, P&G, Mars e Mondelez. A preocupação mais relevante das agências queixosas no caso da General Mills se refere à propriedade intelectual de projetos que envolvam tecnologia, aplicativos ou mesmo plataformas de mídia social.