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'A única m*rda é você não arriscar', defende Ariel Grunkraut, do BK
Ariel Grunkraut, diretor de vendas e marketing do Burger King, apresentou durante o Festival do Clube uma das grandes métricas do sucesso da publicidade da companhia: o “vai dar m*rdômetro”, por onde passam todas as ideias criativas da empresa - inclusive com a participação do advogado da rede de fast food.
O bom-humor na apresentação de Grunkraut, "Vai dar Merd@? - Ousadia e Coragem na Construção da Marca", que arrancou risadas e aplausos da plateia, tem relação com um posicionamento claro a partir de três ideias principais que compõem um “briefing eterno” das campanhas: “com fogo é melhor”, “do seu jeito”, e “zuera never ends”.
O executivo apresentou e comentou alguns trabalhos icônicos da companhia, a começar pelo filme que brincou com a “voz fina” do lutador Anderson Silva (assista abaixo). “A parte mais difícil foi explicar a ele que faríamos isso”, disse o executivo. “Legal é que a campanha deu um pouco de m*rda, mas ela virou global, então, foi uma m*rda global”, brincou.
O “Whopperizador de Ambientes” (veja abaixo) colocou em táxis - que fariam percursos perto de "baladas" na noite paulistana - o "cheirinho" de churrasco. A ideia de pegar pessoas bêbadas nesse caminho era propícia a dar muito problema. Mas, no fim, tudo deu certo. “Uma parte curiosa é que o Whopperizador não emitia o cheiro, então, saímos para comprar uma churrasqueira para que as pessoas sentissem o cheirinho. Metade das pessoas não autorizou o uso de imagem, pois elas não haviam contado que tinham saído para balada”, relembrou Grunkraut.
O “Whopper Furiosaço” (abaixo) foi uma ação que consistiu na busca pela chama mais furiosa do mundo, em um vulcão da Guatemala. O fogo veio para o Brasil para grelhar sanduíches do Burger King. O que poucos sabem, e o executivo revelou, é que o local entrou em erupção poucos dias depois da gravação. “Deu um pouco de m*rda, mas poderia ter sido uma m*rda muito maior”, afirmou.
Outras ações mostradas por Grunkraut foram de “BK Costela” (abaixo), uma operação de guerra que usou os pagers para atrair consumidores do Outback que estavam na espera a experimentar o burger de costela da empresa. E o “Whopper em Branco” (veja abaixo), ação que envolveu uma intensa discussão sobre os votos em branco e sua incapacidade de mudar a realidade do país. “É a campanha que mais me orgulha. As marcas têm papel na sociedade, de serem relevantes culturalmente”, defendeu.
Grunkraut também falou sobre “Rolê” (abaixo), que recebeu o seguinte feedback do jurídico: “Gostei como pessoa física, mas na jurídica, não dá”. Após algumas mudanças, a peça foi ao ar para falar dos dois sanduíches por 15 reais.
“Quem tem medo de palhaço?”. A pergunta foi o ponto de partida da ação que deu um Whopper a quem fosse fantasiado de palhaço a uma loja de Burger King (assista abaixo). A única garantia que o jurídico exigiu da equipe criativa era que os palhaços fossem descaracterizados em relação a um possível concorrente.
Em seguida, Grunkraut chegou à exibição da campanha “Poliamor” (abaixo). “Não testamos muito, mas queríamos veicular. Com a campanha no ar, houve muitas reclamações do tipo 'quem lacra, não lucra', e sabíamos que ia dar m*rda. Um segundo comercial brincou com o primeiro, dublando os personagens para um texto mais 'brando'”.
“Burn that ad” (veja abaixo), vencedor de diversos Leões em Cannes, foi uma das atrações apresentadas mais para o final da palestra, assim como “BK recrutamento” (espie abaixo), ação que brincou com a campanha de Banco do Brasil barrada pelo presidente da República, ao abrir recrutamento para castings futuros para pessoas como os atores do comercial polêmico.
Também com "Rebel Whopper" (abaixo), para falar do Whopper vegetariano, e uma ação do Dia do Sexo, que Grunkraut reconhece não ter tido o sucesso esperado, Burger King apresentou tudo que tem feito nos últimos anos. "Essa criatividade está totalmente atrelada a resultados de negócios. Percebemos essa correlação e vamos continuar com a ousadia na comunicação. No fundo, nada pode dar m*rda. A única m*rda é você não arriscar. O pior que vai acontecer é... nada”, resume o executivo, que mostrou resultados de negócios que atestam o aumento de vendas e de reconhecimento de marca.