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Arte na quarentena

Projetos fazem - e promovem - releitura de pinturas

02.04.20

Os diretores de criação Jeff Roy e Drake Paul, da John McNeil Studio,  em São Francisco, lançaram um projeto paralelo para estimular as pessoas a ficarem em casa, medida fundamental para conter o avanço do coronavírus, conforme orientação da OMS. É o “The Art of Quarantine”, que faz releituras de 14 pintura icônicas para reforçar a importância do isolamento social.

As telas recriadas estão em um site desenvolvido pela dupla, que tem passagens pela Golin e pela DDB de Chicago. Na página, eles contam que estavam “tentando pensar em uma maneira de fazer a nossa parte para ajudar a achatar a curva e levar as pessoas a ver o quanto é importante ficar em casa”, referindo-se à curva de transmissão.

O resultado foi um conjunto de imagens que foram “esvaziadas” como se o isolamento também tivesse sido aplicado às cenas. Em todas as pinturas foi acrescida a frase “Stay home. Save lives”. Entre as obras que receberam o tratamento estão “O beijo”, de Gustav Klimt, e “O grito”, de Edvard Munch. Está na lista também provavelmente a mais icônica das pinturas de Da Vinci. No caso, a tela aparece sem Monalisa.

Desde que entramos na faculdade de publicidade em vez da faculdade de medicina, é assim que a gente vem tentando espalhar mensagens”, completam os dois criativos no site do projeto. Os trabalhos foram feitos no Photoshop. "Em alguns casos, não havia informações suficientes na imagem. Então, tive de reconstruir áreas da imaginação, ou fazer referência, se existisse. Tentei manter intacto o máximo do original e combinar estilos", explica Jeff para o site Digital Arts Online.

Ele acrescenta que a ideia surgiu quando estava navegando na internet e leu sobre a importância do distanciamento social. Jeff, então, se deparou com “Nighthawks” (“Falcões da Noite”), de Edward Hopper. “Ele sempre pintou o isolamento. Eu me perguntei como seria dar um passo adiante no mundo que temos hoje. O que me levou a pensar em como seriam outras pinturas icônicas se os sujeitos também estivessem se distanciando socialmente”, completa Jeff.

Desafio

Também por causa do coronavírus, o J. Paul Getty Museum, da Califórnia, teve de fechar suas portas. Mas no dia 25 de março usou o Twitter para inspirar pessoas com suas coleções. A proposta foi estimular os usuários a recriar peças em suas casas. Com o que estivesse à mão. O pedido de recriação de arte foi aceito pelos usuários do Twitter e viralizou para outras redes.

Confira aqui o desafio.

Arte na quarentena

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