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Estudo analisa impactos da pandemia na saúde mental
Depois de analisar o que mudou no comportamento da população brasileira em relação ao consumo por conta da pandemia (leia aqui), estudo realizado pela Leo Burnett Tailor Made com a empresa de tecnologia especializada em pesquisa digital MindMiners, procura retratar o impacto emocional do isolamento social na vida das pessoas no Brasil.
Segundo apurado, 55% dizem estar dormindo bem mais (com a justificativa de ser essa uma das principais formas de manter a calma), 50% estão tendo menos contato com as pessoas que amam, mesmo com os recursos tecnológicos disponíveis, mas 60% afirmam ter aumentado suas atividades nas redes sociais.
A maioria (60%) admite estar buscando na comida uma forma de ter calma e relaxamento e 58% dos entrevistados contam que estão se sentindo mais sobrecarregados, porque, apesar de estarem em casa, não conseguem relaxar.
De acordo com o estudo, as mulheres têm sido mais exigidas e convocadas, sofrendo um impacto maior com o isolamento social, já que a sociedade machista ainda atribui à figura feminina a responsabilidade pelos trabalhos domésticos e muitas mulheres abraçam sozinhas essas tarefas dentro de suas famílias.
Neste contexto, a pesquisa detectou que 65% das pessoas do sexo feminino se sentem mais sobrecarregadas, contra 51% dos homens; 77% das mulheres revelam estar ainda mais dedicadas às tarefas domésticas; 55% do público feminino está cozinhando mais do que antes; e 39% das mulheres entrevistadas declaram conseguir encontrar um tempo para se cuidar.
Outro dado apurado indica que as músicas ouvidas pelos brasileiros durante a pandemia são "menos positivas". Em 2019, o algoritmo do Spotify mostrava que o score para classificar músicas de acordo com o quão positivas elas são foi de 66 (entre 0 e 100). Recentemente, o índice caiu para 43.
"O Dia em que a Terra Parou", de Raul Seixas, está em primeiro lugar entre as top 10 mais citadas como uma "música que remete à pandemia". Em segundo lugar aparece "Trem-bala", de Ana Vilela, e "Dias Melhores", do Jota Quest, em terceiro.
Raul Seixas, Legião Urbana e Roberto Carlos são os três músicos/bandas mais citados (nessa ordem). Entre os gêneros musicais, o gospel foi o escolhido como o que melhor representa este momento (29%).
Quando questionados sobre qual cor melhor retrataria o momento que vivemos, 24% dizem que o cinza a traduz melhor os sentimentos como resignação e incerteza.
Em empate, com 14% cada, aparecem na segunda colocação o preto (tristeza, seriedade) e o verde (positivismo e esperança).
Para cada 10 entrevistados, ao menos sete definem a situação com adjetivos negativos. O emoji mais relacionado ao momento é o da angústia/tensão (30%) e, em segundo lugar, o da reflexão (pensativo), com 21%.
O estudo também apurou que, dentre os medos mais expressivos estão os mais imediatos, como o de se contaminar (55,10%), o de ver muita gente morrer (52,40%), o da economia não se estabilizar (52,30%), o da situação não voltar ao normal (45,90%).
Entre as coisas que fazem falta, na opinião dos entrevistados, estão a liberdade de locomoção faz falta (31%), socializar (22%), além de trabalhar e estudar em condições normais (20%).
Veja o estudo "O Dia em que a Terra Parou" completo, aqui. Leia anterior, com a primeira onda da pesquisa, aqui.
Espie anteriores, sobre estudo da Mutato, aqui, e sobre o levantamento realizado pela F.biz, aqui.