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Rede volta a colocar alerta em tweet do presidente dos EUA
Pela terceira vez em um mês, o Twitter colocou um alerta em um tweet do presidente dos EUA Donald Trump. A primeira sinalização feita pela rede aconteceu no final de maio. Foi usada uma marca de verificação da mensagem (fact check), sugerindo que o teor do post não seria verdadeiro (leia aqui).
O segundo alerta veio pouco depois. O Twitter “cobriu” um post do presidente, alegando que o conteúdo violava regras sobre “enaltecimento da violência”. Mas a mensagem poderia ser lida se o usuário quisesse (confira aqui).
A questão agora é um vídeo de 60 segundos publicado na noite desta quinta-feira, 19, por Trump como se fosse da CNN. As imagens mostram dois meninos pequenos, em torno de dois anos, um negro e um branco. O primeiro parece fugir do segundo, que o persegue. Uma legenda diz que a criança foge aterrorizada de um bebê racista, “provavelmente eleitor de Trump”.
Em seguida, o vídeo procura “desvendar” a história que supostamente a CNN teria veiculado. As crianças correm para se abraçar. O fato é que as imagens já circularam antes nas redes, mostrando exatamente que os meninos querem se abraçar. Ao final, o vídeo, distribuído por uma conta que apoia Trump, afirma que o problema não está nos EUA, e sim nas fake news.
Abaixo do tweet do presidente, o Twitter sinalizou que se trata de “mídia manipulada”. Ao clicar no alerta, o usuário é redirecionado a uma página que esclarece o assunto. A rede chama atenção com a frase “O que você precisa saber”.
O Twitter informa que a CNN mostrou em setembro de 2019 um vídeo sobre a amizade de duas crianças que viralizou. E diz: “Na quinta-feira, o presidente compartilhou uma versão do vídeo que muitos jornalistas confirmaram ter sido editada e manipulada com uma falsa legenda da CNN.”
A CNN, por sua vez, respondeu que continuará a trabalhar com fatos e convida o presidente a fazer o mesmo, em vez de tuitar vídeos falsos.
Facebook
Horas antes, na própria quinta, o Facebook havia removido uma campanha eleitoral de Trump, que busca a reeleição. Isso porque a peça usou um símbolo semelhante ao adotado por nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Um anúncio exibiu um triângulo vermelho invertido associando a imagem a grupos “antifa” (de antifascistas). O texto dizia: “Perigosas máfias de extrema esquerda estão correndo pelas nossas ruas e causando um caos absoluto. Eles estão destruindo nossas cidades e causando tumultos - é loucura absoluta". Trump classifica esses grupos de terroristas.
O triângulo, da forma que foi apresentado, remete ao símbolo que era costurado nas roupas de prisioneiros de campos de concentração. O Facebook justificou o banimento da campanha por violar a política adotada pela rede contra o ódio organizado. A rede proíbe o uso de símbolos de grupos de ódio se não for no contexto de condená-lo ou discuti-lo.
Revisão de lei
Enfurecido com o Twitter desde o primeiro alerta, Trump assinou uma ordem executiva no dia 28 de maio, que, na prática, visa reduzir o poder das redes. Ela altera um dispositivo que permite revisar a lei que regulamenta a mídia social (reveja aqui).