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Comércio híbrido, live shopping, + esportes, diz o Facebook
A vice-presidente do Facebook na América Latina, Maren Lau, fez uma análise do ano na região em relação à vida digital, às transformações da pandemia e aos negócios da rede e apresentou as perspectivas da companhia para 2021. Outras lideranças da plataforma para o mercado latino-americano também fizeram suas revisões do ano.
Entre os aprendizados de 2020, Maren destacou a transformação digital, os novos hábitos de compra (na Colômbia, 52% das pessoas estão comprando mais online do que antes da pandemia; no Chile, são 50% e na Argentina, 40%); e as descobertas de serviços online (no Brasil, 75% dos consumidores experimentaram pelo menos uma nova plataforma de compras digital pela primeira vez desde o início da pandemia).
Também ficaram evidentes o poder do vídeo (um dos principais usos foi para manter contato com amigos e familiares e para ajudar no trabalho) e a valorização das pequenas empresas. Para Maren, o comércio local ou as lojas do bairro representariam a “personalidade do ano”.
Em 2021, teremos mais experiências de comércio híbrido, segundo a vp do Facebook. Os consumidores experimentaram as vantagens das compras online e não devem querer voltar ao “velho normal”. Eles descobriram que podem fazer muito mais coisas a partir de seus dispositivos móveis. E também usufruíram de serviços como a compra online e a retirada na loja física. Menos consumidores deverão circular por shoppings. E as empresas terão de encontrar novas formas de encantar seus clientes. Isso pode ser feito via Instagram Shopping ou pela adoção de realidade aumentada ou de outras soluções de marketing que ajudem a fazer o match entre o consumidor e o produto que deseja.
Outra tendência para o próximo ano é o crescimento das plataformas de mensagem nas estratégias do comércio. Com a quarentena, várias pequenas empresas partiram para o WhatsApp. Em algumas lojas ou restaurantes, havia avisos com o número para que as pessoas pudessem fazer seus pedidos. Uma pesquisa global indica que 40% das pessoas que pretendem fazer compras de final de ano estão mais propensas a procurar os itens de sua lista em uma empresa com a qual podem trocar mensagens. A expectativa é que o uso de app de mensagens, como WhatsApp ou Messsenger, cresça entre empresas que busquem facilitar as transações.
Como o comércio local foi valorizado em 2020, é esperado que as lojas, os restaurantes e os serviços do bairro continuem em alta. No México, 78% dos consumidores entrevistados em uma pesquisa da Deloitte, comissionada pelo Facebook, relataram que começaram a comprar de novos pequenos negócios desde que a pandemia começou. Outro estudo aponta que 40% dos brasileiros escolheram esses negócios porque estavam preocupados com sua sobrevivência ou com sua comunidade local.
Soluções do Facebook
A rede apresentou algumas de suas apostas entre seus produtos e serviços. O Facebook informou que está acelerando seu trabalho para possibilitar que todas as empresas vendam online. A empresa está incorporando a função de compra à estrutura de cada um de seus aplicativos para ajudar as pessoas a adquirir produtos que tenham descoberto na hora.
Uma tendência é a expansão do live shopping, conceito que mistura vendas e entretenimento. Nos EUA, já está disponível o Instagram Live Shopping, que torna mais fácil para as pessoas comprarem produtos em tempo real. O Facebook Live Shopping possui novos recursos para ajudar as empresas a configurar facilmente uma experiência de live, apresentando produtos da loja e vendendo diretamente pela transmissão ao vivo.
A rede acrescenta que tags de produto no Instagram podem levar à descoberta de experiências. As empresas podem usar as tags de compras para destacar produtos de seu catálogo em Stories, no Feed ou na legenda, para que as pessoas possam conhecer mais sobre eles facilmente.
A experiência com esportes
O campo esportivo é um dos mais importantes para o Facebook. São mais de 400 milhões de fãs de futebol na plataforma, a modalidade com mais seguidores na rede globalmente. A companhia trabalha com quatro tipos de parceria: emissoras e empresas de mídia; ligas e federações; clubes e equipes esportivas; e atletas e criadores focados em esportes.
Em 2020, houve paralisação de campeonatos devido à pandemia, gerando muita expectativa em clubes, atletas e torcedores, além de emissoras. Quando os jogos voltaram, em estádios vazios, o público se interessou em acompanhar as disputas à distância. Na Libertadores, depois do hiato provocado pela quarentena, o número de pessoas que assistiram aos jogos por pelo menos 1 minuto no Facebook Watch mais que dobrou em relação à pré-Libertadores e às primeiras quatro semanas da fase de grupos.
No caso da Champions League, em agosto, aconteceu a partida de futebol ao vivo mais assistida da história do Facebook. Mais de 13,7 milhões de pessoas viram ao menos um minuto da final da Champions, entre PSG e Bayern de Munique. A audiência cresceu 170% em relação à final da Champions de 2019. A transmissão atingiu um pico de 7,2 milhões de espectadores simultâneos em toda América Latina.
O que se tem garantido – até o momento – para o fã de futebol no Brasil em 2021: jogos da Champions League (o Facebook ainda tem direitos), torneios da Conmebol (o contrato é de dois anos) e o Paulista Feminino. Além disso, é importante lembrar que a rede tem no Brasil parcerias de conteúdo com 11 times de futebol para trazer mais de 800 vídeos exclusivos para o Facebook Watch.
Criatividade e realidade aumentada
O Facebook conta que a realidade aumentada (RA) é uma das soluções que está sendo desenvolvida mais rapidamente na plataforma. Com o avanço dos wearables, as marcas podem encontrar nesse recurso mais formas de se conectar com o usuário. O engajamento tem sido alcançado não só pela construção de uma boa mensagem, mas pela própria experiência.
A rede informa que tem procurado pensar a RA com mais propósito. Ao explorar o potencial criativo dessa tecnologia, o Facebook vem elaborando uma série de conceitos em todos os setores da indústria. O objetivo é inspirar soluções criativas que definem o valor da realidade aumentada para os negócios.