US$ 68,7 bilhões

A Microsoft anunciou nesta terça-feira, 18, seu plano de adquirir a Activision Blizzard, uma das gigantes do mercado de games, com títulos como “Call of Duty”, “Overwatch”, “World of Warcraft” e “Candy Crush”, e também do setor de esports. A companhia irá pagar US$ 68,7 bilhões pelo negócio. Em comunicado, ela afirma que a aquisição, quando consolidada, irá acelerar o crescimento do segmento de jogos da Microsoft em dispositivos móveis, PC, console e nuvem, além de ajudar na construção para o metaverso.

De acordo com a Microsoft, Bobby Kotick continuará atuando como CEO da Activision Blizzard. Ele e sua equipe manterão foco nos esforços para fortalecer a cultura da empresa e para impulsionar os negócios. Com a aquisição concluída, a desenvolvedora se reportará a Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming.

Para Satya Nadella, presidente e CEO da Microsoft, a categoria de games é a mais dinâmica e empolgante do mercado de entretenimento hoje. “Eles desempenharão um papel fundamental no desenvolvimento de plataformas de metaverso”, declarou no comunicado. “Estamos investindo profundamente em conteúdo de classe mundial, comunidade e nuvem para inaugurar uma nova era de games que coloca jogadores e criadores em primeiro lugar e torna os jogos seguros, inclusivos e acessíveis a todos.”

A companhia destacou a importância dos dispositivos móveis para o setor – quase 95% dos jogadores no mundo disputam games em seus celulares. A integração entre os times deve levar franquias imersivas como “Halo” e “Warcraft” a um outro nível, fazendo com que esses games possam ser jogados em qualquer lugar.

O acordo também reforça o portfólio do Game Pass da Microsoft, que poderá lançar jogos da Activision Blizzard na plataforma, que atingiu o marco de mais de 25 milhões de assinantes. A desenvolvedora tem, por sua vez, quase 400 milhões de jogadores ativos mensais distribuídos em 190 países. Com isso, segundo a Microsoft, o Game Pass terá para o consumidor alguns dos conteúdos mais atraentes e diversificados do setor. A companhia passará a ter 30 estúdios internos de desenvolvimento de jogos, além de recursos adicionais de publicação e produção de esports.

O negócio terá de passar pela aprovação por autoridades regulatórias nos EUA. Espera-se que o acordo seja concluído no ano fiscal de 2023. Vale lembrar que no ano passado a empresa de games esteve às voltas com acusações de assédio sexual e discriminação, que recaíram também sobre o CEO. O estado da Califórnia entrou com processo contra a desenvolvedora.