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Desigualdades e os caminhos para a equidade
Dias se passaram e temas como equidade e igualdade continuam reverberando nas conversas e questionamentos de quem acompanhou as pautas do festival SxSW 2022. Da genética à sistematização de comportamentos sociais, de pequenos a grandes movimentos, tudo parece passar pela disparidade de direitos que existe ao redor do mundo. Segundo alguns estudos e movimentos, o desafio passa pelo reconhecimento dessas questões e pela busca por soluções.
Professora de psicologia e coordenadora do laboratório Developmental Behavior Genetics, da Universidade do Texas, Kathryn Paige Harden é autora do livro "The genetic lottery: why DNA matters for equality", cujo estudo foi apresentado no SxSW. Ela questiona a ideia de superioridade racial, que tende a levar ao 'eugenismo'. Como exemplo, mostrou falas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enaltecendo que há pessoas que têm bons genes e inteligência e outras que não têm. Segundo Kathryn, não adianta negar o papel da "loteria genética", que predispõe os indivíduos a obterem mais ou menos educação, por exemplo, o que, via de regra, tem papel determinante na posição social de cada um. Segundo ela, é à partir desse reconhecimento, e não da negação do papel da genética, que podemos deixar de perpetuar o mito da meritocracia e iniciar a desafiadora busca pela igualdade em um mundo de pessoas que nascem diferentes.
E já que estamos falando da busca por caminhos que garantam igualdade social, vale lembrar que um dos três trabalhos finalistas da categoria Student Innovation, do SxSW Innovation Awards 2022, é brasileiro e focado na diminuição da desigualdade dentro de uma rede de ensino. Criado pelo Núcleo de Inovação da Sociedade Inteligência e Coração - SIC, de Belo Horizonte, mantenedora do colégio Santo Agostinho, o ecossistema educacional “Campus” (conheça aqui) utiliza a inovação à favor da equidade entre os alunos. A plataforma reúne atividades e dinâmicas do processo de aprendizado no mesmo lugar, incluindo interações e engajamento entre os corpos docente e discente, gerando informações que permitem um olhar mais aprofundado e personalizado para cada estudante. O trabalho vencedor da categoria foi "Tapis Magique - A choreomusical interactive carpet" (veja aqui), um tapete eletrônico têxtil tricotado, sensível à pressão, que gera dados de sensores tridimensionais com base nas posturas e gestos corporais para conduzir um ambiente sonoro imersivo em tempo real. A criação é do MIT Media Labs, de Cambridge, Massachusetts. Clique aqui para conhecer todos os vencedores desta edição da premiação.