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No Brasil

Pesquisa joga luz sobre movimento de in-houses

09.11.22

Karina Frabetti, ex-head of creative da in-house do iFood, apresentou, na noite desta terça-feira (8), a pesquisa "Panorama in-Houses Brasil", uma iniciativa independente que procurou mapear o cenário das house agencies no mercado brasileiro (veja o vídeo, abaixo).

Lideranças criativas de quase 30 empresas responderam um formulário com quase 80 questões, sobre temas como estrutura, organização, recursos, parcerias, lideranças estratégicas e diversidade.

Realizado entre abril e junho de 2022, o estudo foi dividido em nove capítulos e foram convidados especialistas para fazer uma leitura dos dados apurados e compartilhar uma perspectiva de análise sobre os resultados.

"Como líder criativa da in-house do iFood, eu tinha uma inquietação. Me sentia parte de uma mudança maior e tinha uma enorme vontade de saber mais sobre houses de outras marcas", conta Karina.

"Em 2021, passei a me conectar com outros líderes criativos. Muitos cafés e muitas horas de troca, e assim, cada um ia sabendo um pouco mais sobre o outro. Desses papos, eu sempre saía com um pensamento: alguém tem que fazer um relatório, como os que existem nos mercados mais maduros. Alguém tem que formalizar essas questões para virar um documento público útil para todo o mercado. Daí, fui lá e fiz", explica.

Segundo a profissional, o objetivo principal da pesquisa é servir de benchmarking e ajudar a validar as estratégias, direções e gestão dos times criativos in-house de forma "mais eficiente".

O primeiro capítulo do Panorama aborda o tema organização e revela que 52,4% das in-houses têm menos de dois anos. "As in-houses já existiam há muito tempo, mas nesse formato que estamos observando, é um movimento diferente", comenta Karina. O capítulo também aborda como os times dessas houses estão organizados, qual o mix de comunicação, as principais razões para se ter uma in-house, entre outros tópicos.

Sobre trabalho remoto, o levantamento apurou que não somente o formato mudou, mas as pessoas também se transformaram, principalmente com os últimos dois anos de pandemia. A pesquisa também levantou com qual frequência o líder da in-house acompanha e faz relatórios de uso de recursos: 23,8% declararam que não fazem. Em relação ao tamanho das equipes (incluindo freelancers), 10% têm entre 51 e 101 profissionais; 14,3% têm entre 31 e 50 colaboradores; 28,6% entre 11 e 30 profissionais e 38,1% menos de 10 pessoas.

Outra questão levantada pelo estudo foi referente ao próximo passo da carreira do líder criativo de uma in-house. Entre os entrevistados, nenhum disse que gostaria de ir para uma agência "tradicional". A maioria - 71,4% - respondeu que iria para outra agência in-house.

Assista abaixo ao vídeo que traz os principais destaques do "Panorama In-Houses Brasil". Para baixar o estudo na íntegra, clique aqui.

Leia anterior sobre o assunto, aqui.

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