Big Techs

As big techs estão atravessando momentos bem turbulentos e promovendo demissões em massa. Depois de a Microsoft ter anunciado nesta semana que irá reduzir o quadro funcional em 5% – o equivalente a 10 mil pessoas –, agora é a vez da Alphabet, dona do Google. A holding está com planos de corte, que chegam a 12 mil funcionários, ou 6% de seu staff.

O CEO da Alphabet e do Google, Sundar Pichai, fez o comunicado no blog da companhia nesta sexta-feira, 20. Sob o título “Uma decisão difícil para nos preparar para o futuro”, o texto foi enviado antes aos funcionários por e-mail e avisa logo na primeira linha que tem más notícias e que a força de trabalho da holding será reduzida em 12 mil postos.

Os primeiros cortes começam pelos EUA. “Em outros países, esse processo levará mais tempo devido às leis e práticas locais”, esclareceu.

Segundo ele, a companhia vivenciou períodos dramáticos de crescimento nos últimos dois anos. “Para acompanhar e alimentar esse crescimento, contratamos para uma realidade econômica diferente da que enfrentamos hoje”, escreveu.

Pichai afirmou que, após os ajustes, há “enormes oportunidades” para a Alphabet, principalmente em função dos primeiros investimentos feitos em IA. Na visão dele, ter priorizado a inteligência artificial anos atrás levou a holding a avanços inovadores em seus negócios. “Estamos nos preparando para compartilhar algumas experiências totalmente novas para usuários, desenvolvedores e empresas também.”

Cortes massivos estão acontecendo em gigantes como Amazon, Meta e Twitter. No início deste mês, a primeira anunciou que diminuiria seu staff em 18 mil cargos. É o maior número dentre as principais big techs.

A Meta informou em novembro que a companhia iria demitir 11 mi pessoas. No mesmo mês, o Twitter decidiu cortar 50% de seu pessoal, índice confirmado por Elon Musk, o dono da rede, em um tweet. Em termos percentuais, é o maior corte. Contados os postos de trabalho, isso representa 3.700 funcionários dispensados.