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Tátil: nova estrutura societária e meta de expansão internacional
A Tátil Design anuncia mudanças em sua estrutura societária e planos de crescimento em sua atuação internacional. O movimento se dá com a chegada de um novo investidor na empresa, o search fund Paradigma Ventures. Fred Gelli, CEO da agência e um de seus fundadores, se mantém a frente dos negócios e prepara para este ano a abertura de dois escritórios internacionais.
Os valores de investimento não foram revelados, mas, segundo Fred, essa é uma parceria de longo prazo, em especial pelo potencial de expansão junto a clientes na Europa e nos EUA, onde a Tátil pretende ter novas operações. O search fund é uma modalidade de investimento em que o fundo entra como sócio-financeiro e também tem participação ativa na gestão. Uma das novidades, portanto, é o reforço de Pedro Medicis, representante do Paradigma Ventures, que se torna sócio e diretor-presidente.
Medicis, ex-CEO da empresa Riô Biocosméticos e fundador do fundo de investimentos, tinha trabalhado na agência por cinco anos, como head de negócios, entre 2010 e 2015.
Além disso, os sócios-diretores Felipe Aguiar (criação), Ulli Ferrari (negócios) e Ricardo Bezerra (estratégia) passam a atuar em posições de C-Level. Outro anúncio da Tátil é a saída dos cofundadores Gustavo Gelli e Patricia Pinheiro, que eram, respectivamente, CFO e COO. Eles partem “para novas jornadas”.
O movimento na estrutura societária se dá, como afirmou Fred ao Clubeonline, por um processo evolutivo do negócio. Com as mudanças, a agência deixa de ter um caráter de empresa familiar e estabelece um grupo de acionistas com perfil mais gestor. Gustavo e Patricia têm projetos de atuação em áreas distintas da Tátil.
Uma nova governança está sendo implantada na operação. De acordo com Medicis, isso permitirá “não apenas um melhor fluxo de tomada de decisões estratégicas para o negócio, como garantirá uma gestão mais apurada e maior suporte para os planos de expansão e crescimento”. A expectativa é ter um aumento de 30% em receita do negócio como um todo neste ano.
Para atingir parte desses objetivos, a agência visa ampliar seus negócios internacionais dentro dos clientes atuais e pela conquista de novos parceiros. “Analisando a alta na procura pelos nossos serviços e as oportunidades de negócios, a meta é utilizar os novos recursos para ampliar imediatamente nossa presença internacional, abrindo ao menos duas novas operações ainda em 2023”, declarou Medicis.
No ano passado, a Tátil obteve 35% de suas receitas com os clientes internacionais. “O plano é terminar 2023 com 45% da receita vinda de fora do Brasil, chegando a 55% em 2025”, completou o diretor-presidente.
Europa e EUA
No início de 2019, a Tátil conquistou uma concorrência com a Danone em Paris. Foi quando a agência abriu um escritório na cidade. Com a pandemia, a empresa decidiu fechar o espaço, mas manteve um time internacional operando na Europa. Atualmente, com a Danone, eles atuam com projetos para 17 países.
A Tátil, porém, já trabalha com a Coca-Cola de forma global há 12 anos – em 2015, por exemplo, criou a identidade adotada pela companhia em seu patrocínio olímpico. Outro cliente cuja sede internacional fica nos EUA é a Netflix, para quem desenvolveram o Tudum, festival que nasceu no Brasil e virou um evento mundial. Há outros projetos com clientes norte-americanos.
O time da Tátil conta com aproximadamente 120 pessoas. A equipe internacional é composta por 10 profissionais. Mas esse número deverá crescer a partir da abertura dos novos escritórios.
A ambição é fazer da Tátil uma referência global em criatividade e estratégia – e, nesse sentido, o case da marca olímpica Rio 2016 funciona como um valioso cartão de visita. Nesse caminho, outro pilar destacado pela agência é ter adotado práticas ligadas ao conceito ESG há mais de três décadas.
Fred elencou outras características da empresa, que é certificada pelo sistema B. “Nossa conexão com o ESG é um diferencial. Mas, além disso e do brilho criativo, demonstramos muita paixão pelo que fazemos. É uma vibração que interessa aos clientes. Eles também apreciam a flexibilidade e diversidade”.
O tema do ESG vem ganhando cada vez mais relevância para as companhias. Assim como branding. “Marca não é uma disciplina que está apenas no marketing. Ela está ‘no colo’ do CEO”, reforçou Fred Gelli.