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Robert Downey Jr mostra como crimes onlines afetam os EUA e o mundo
O ator Robert Downey Jr provocou uma grande interrogação na cabeça de muita gente ao aparecer como moderador do painel “Online Crime: An American Crisis”. O que ele teria a ver com o tema? O famoso “Homem de Ferro” da Marvel surgiu no palco falando exatamente sobre isso. Por que ele? A razão está no fato de Downey Jr ter se tornado um investidor e um membro do board da Aura, uma companhia especializada em soluções de segurança online.
O anúncio foi feito nesta semana. Em um filme da empresa, Downey Jr aparece para disputar um papel. O vídeo de quase dois minutos tem o título “Role of a Lifetime” (veja abaixo).
Na sequência, o ator adentrou o palco, surgindo de cabeça raspada, e começou a explicar sua presença, em meio às fotos disparadas (afinal, ele é uma celebridade). Mas Downey Jr subitamente interrompeu sua fala: “é isso que acontece quando o teleprompter falha”. E, então, ele fez o papel de um animador de auditório, conversando com o público e provocando risos, até que a máquina voltou a funcionar.
Os números do crime online são gigantescos. No ano passado, nos EUA, US$ 10,3 bilhões foram perdidos para o cibercrime – os dados foram atualizados pelo FBI. Esse montante é superior ao PIB de 50 países. Trata-se, portanto, de um problema mais sério do que a maioria de nós supõe.
Participaram do painel Hari Ravichandran, CEO e fundador da Aura; Maria Konnikova, autora do livro “Mastermind: How to Think Like Sherlock Holmes” e uma estudiosa da mente dos fraudadores; e Eric O'Neill, consultor de segurança, advogado e ex-agente do FBI. Em 2001, ele ajudou a capturar o espião mais notório da história dos Estados Unidos: Robert Hanssen, um veterano com 25 anos de FBI que espionou para a União Soviética e depois para a Rússia. Downey Jr contou que Eric começou sua carreira no FBI como um “fantasma”, um agente de campo disfarçado encarregado de vigiar e monitorar terroristas e espiões estrangeiros e nacionais.
O ex-agente do FBI comentou que o cibercrime global envolve valores estratosféricos: passa de US$ 7 trilhões. Há outro ponto importante que Eric trouxe ao público do SXSW: na deep web, os criminosos cibernéticos não apenas coletam dados como têm mercados. Segundo ele, há verticais de negócios inteiras, com direito a quadros de mensagens de atendimento ao cliente. Eric ressaltou que o crime online é um problema global, que afeta a todos e cresce cerca de 30% a 40% por ano.
Downey Jr observou que o público norte-americano ignora amplamente violações de dados e a existência de hackers com um perfil mais profissional do que a imagem comum de um garoto trancado em um quarto. “Por que não estamos mais preocupados e indignados com isso?”, perguntou a colegas de painel.
Eric respondeu que isso se passa muito com pessoas que acreditam que elas não seriam alvos de hackers. A crença é que roubo online só acontece com famosos. “Elas pensam ‘eu não tenho um milhão de dólares na conta bancária; não estou criando uma empresa inovadora. Por que um invasor viria atrás de mim? Mas a questão é que esses criminosos não se importam com o quão famoso você é. Não se importam com quanto dinheiro você tem. Eles só se importam se você é vulnerável. Estão atrás de pessoas que não têm boa segurança cibernética”, afirmou.
A cobertura do SXSW 2023 pelo Clubeonline tem patrocínio de Audaz, Brunch – Influência de Verdade, Ça Va, Modernista Creative Producers e Vandalo.