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Rede social de textos longos é lançada
Na contramão destes tempos em que o “textão” é criticado e o conteúdo é curto e ágil, como nos vídeos, uma nova rede social procura conquistar seu espaço no universo digital ao valorizar o texto longo, mais elaborado. É o Dino Social – ou apenas Dino –, que é a evolução de uma plataforma que surgiu para distribuir notícias.
O Dino é um projeto da Knewin, PRTech que responde pela Comunique-se. Em 2012, Rodrigo Azevedo, criador e presidente da Comunique-se, lançou uma plataforma de distribuição de notícias, que foi batizada de Dino (o nome se deve às iniciais de “distribuição de notícias”). Em 2020, ela se tornou uma agência de notícias corporativas, com material das empresas de PR sendo revisto por um time de curadores para posterior envio para veículos.
Em 2022, o Dino foi comprado pela Knewin. E agora ressurge como rede social, com a intenção de atrair marcas, assessorias e agências de PR, profissionais de texto, publicitários, escritores, comunicadores e blogueiros.
Por conta dessa atividade prévia, a rede social já nasce com 11 mil usuários (que constituem a base da plataforma antes da mudança) e mais de mil conteúdos gerados por mês. Durante dois anos, a empresa se dedicou a transformar o que tinham em uma estrutura de mídia social.
Um dos diferenciais do Dino é que ele não aceita textos curtos. A postagem deve ter, no mínimo, cinco parágrafos (posteriormente, será estabelecido um mínimo de caracteres para publicação). Outro é que a plataforma permite a edição de textos com ferramentas não encontradas nas grandes redes, como utilização de negrito e itálico.
“Apesar de todos os benefícios que trazem, as redes sociais têm sido criticadas por muitos como um ambiente para conteúdo raso e de pouco significado. Por isso, a proposta do Dino é trazer uma forma de aprofundamento com textos mais completos em que as pessoas possam expor suas ideias”, declarou Azevedo.
A nova rede pode ser usada gratuitamente por qualquer pessoa que deseje ter um espaço online para redigir conteúdos de até 6.300 caracteres dos mais variados temas, sejam corporativos ou pessoais. Ela também permite a criação de mais de um canal. As empresas que quiserem aderir à rede podem transformar a página no Dino em uma sala de imprensa online.
A parte da distribuição de conteúdo para veículos importantes do mercado está mantida. Ou seja, um texto poderá ser publicado em portais grandes de notícias por meio de uma funcionalidade que reúne inteligência de dados e curadoria jornalística para avaliar se o conteúdo atende os critérios das empresas selecionadas.
Esse serviço é cobrado. O Dino original já contava com 400 veículos parceiros. Estão nessa base, Valor Econômico, Agência O Globo, Agência Estado, Terra e IG, entre outros. O objetivo é ampliar essas parcerias.
O texto que pode ser aproveitado pelos portais cadastrados deve cumprir os requisitos de um texto jornalístico. “Desde o início do projeto, priorizamos medidas que garantam esse valor na nossa rede social. Somado a isso, queremos criar um ambiente saudável em que todos possam se expressar e encontrar temas que tenham interesse sem provocar prejuízo a ninguém”, afirmou Azevedo.
O usuário que quiser ter seus textos distribuídos para os veículos tem duas opções: comprar créditos avulsos – que variam entre R$100 e R$600 – ou fazer uma assinatura de seis (R$85) ou 12 meses (R$75). Com os créditos contratados, ele precisará escolher entre opções de “circuito” para divulgar os textos. Os circuitos são divididos por alcance, temáticas (editorias) e regiões.
Não há uma meta oficial de conquista de novos usuários no período de um ano. Mas Rodrigo disse que gostaria de ter um milhão. Como ele observou, as gerações mais novas estão habituadas ao clique, a tweets e short videos. Mas ainda há gente que aprecia mais leitura. “Podemos não ser a rede com maior quantidade de usuários, mas quero a maior qualidade intelectual. O Dino não precisa ser para todo mundo, mas para quem gosta de ler, para quem gosta de escrever”, salientou.