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Back2Black

Festival comemora 60 anos do Dia da África

24.05.23

Em sua 11ª edição, o festival Back2Black (B2B) abre sua programação celebrando 60 anos do Dia Mundial da África, comemorado em 25 de maio. O evento, que tem a música como um de pilares, traz artistas contemporâneos e novas sonoridades do continente para seus palcos. Realizado durante quatro dias, a partir desta quinta-feira, 25, festival contempla ainda palestras, mostras de fotografia, teatro, moda, dança, literatura, rodas de conversa e gastronomia. Ele acontece no Armazém da Utopia e no Parque de Madureira, no Rio.

O B2B é apresentado pelo Instituto Cultural Vale e pela Shell, com captação via Lei de Incentivo à Cultura, e tem patrocínio do YouTube. A realização é da Natasha Artes.

Entre os destaques da programação, está a série de diálogos de Pret’Upias que celebra o Dia da África, enaltece o continente como berço da civilização e traz um debate sobre o futuro a ser construído sob as perspectivas africana e afrodiaspórica. A temática irá ecoar por todo o festival.

A respeito da música, a organização do B2B aponta que, quando o festival começou, em 2009, a produção musical africana estava ligada a um rótulo chamado “world music”. Agora, ela circula por grandes festivais e festas em diversas metrópoles.

Nesta edição, o Back2Black traz ao Brasil, de forma inédita. novas sonoridades que estão influenciando a música pop, como afrobeats (ou afropop), uma gama de ritmos eletrônicos criados nas décadas de 2000 e 2010. Também apresenta o amapiano, ritmo eletrônico atualmente considerado o “novo deep house”.

Uma atração que promete agitar o público será o encontro entre Emicida e o artista e ativista de Cabo Verde Dino d’Santiago na sexta 26. O rapper brasileiro levará ao palco parte de seu show “AmarElo” enquanto Dino apresentará ritmos famosos em seu país como morna, funaná e batuku.

Entre os artistas do Brasil, outra apresentação que deve atrair pública é a de Iza no sábado 26. No mesmo dia, o festival terá show de Salif Keita, artista do Mali conhecido como “A voz de ouro da África”. Ele voltará a tocar no domingo 28, dia que tem entradas gratuitas, e terá a participação da ministra da cultura Margareth Menezes.

O multi-instrumentista, cantor e compositor Chico Brown, filho de Carlinhos Brown, é mais um artista brasileiro que receberá um convidado especial, o igualmente multi-instrumentista e compositor Mádé Kuti (Nigéria), filho do músico Femi Kuti e neto de Fela Kuti.

Estarão presentes nos palcos ainda a DJ e produtora DBN Gogo (África do Sul), com foco no amapiano; a revelação carioca N.I.N.A, representando a cena de grime e drill brasileiras; e o movimento cultural carioca Okupiluka, que divulga arte e música africanas em suas festas nas zonas norte e central carioca.

Durante o festival, será lançado o Instituto Back2Black, que irá promover residências entre artistas africanos e afrobrasileiros, desenvolver trabalhos com refugiados e ampliar as vozes das comunidades quilombolas.

Tendas e barracas da Feira Preta também apresentarão durante todos os dias do evento a história por trás de criações gastronômicas africanas e afrobrasileiras.

 

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