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Americanas

CEO reconhece fraude e cita indícios contra auditorias

14.06.23

Leonardo Coelho Pereira, CEO da rede varejista Americanas, declarou nesta terça-feira (13), em depoimento à CPI aberta pela Câmara, que a crise na companhia deflagrada na gestão anterior não é um caso de “inconsistência contábil”, mas se trata de "fraude". O executivo também destacou o papel das empresas de auditoria envolvidas, a PwC e a KPMG.

A Americanas divulgou nesta terça-feira (13) um fato relevante que revela que as demonstrações financeiras eram fraudadas pela diretoria anterior - pela primeira vez que a varejista admite oficialmente a conclusão de que houve fraude em seus balanços.

Segundo Pereira, diante dos fatos novos duas decisões foram tomadas pela direção da empresa: a de demitir 30 funcionários vinculados à fraude, e a de compartilhar o relatório com autoridades envolvidas nas investigações (CPI, Ministério Público, Comissão de Valores Mobiliários e Polícia Federal).

Na CPI, o CEO divulgou duas planilhas com resultados da empresa de 2021 e projeções para 2022, as quais apresentavam resultados discrepantes para o mesmo período analisado. Uma delas, chamada “Visão Interna”, trazia prejuízos de R$ 733 milhões e a outra, “Visão Conselho”, lucro de R$ 2,9 bilhões (que foi o resultado divulgado ao mercado).

Pereira também revelou trocas de e-mails da diretoria anterior com auditores da KPMG e com profissionais da PwC, que atestariam irregularidades, na sua avaliação. Sobre as auditorias, o CEO afirmou que, como documentos falsificados teriam sido apresentados a elas, a situação “ainda demanda contexto”. Tanto a KPMG quanto a PwC declararam que não poderiam comentar as alegações do CEO por "questões contratuais".

O executivo também entregou à CPI registros de conversas entre bancos e a diretoria da empresa.

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