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YouTube mostra como seu público vê a IA na produção de vídeos
O YouTube Brasil apresentou nesta quarta-feira, 05, a terceira edição do relatório de Cultura e Tendências, estudo feito em 14 países que analisa como criadores estão adotando tecnologias e conceitos que moldam hoje a cultura pop e como o público se relaciona com o conteúdo gerado na plataforma.
Entre os destaques do trabalho está a percepção dos usuários sobre o uso de IA em vídeos. Se depender da maioria do público entre 18 e 44 anos entrevistado para o relatório, não tem problema. Deles, 60% afirmaram estar abertos a vídeos que incluam a IA na produção. Não há maiores dados que aprofundem que tipo de conteúdo seria esse.
O percentual é global, mas surge em um momento em que a inteligência artificial virou assunto de conversas nas redes devido à campanha dos 70 anos da Volkswagen que "trouxe" Elis Regina para um encontro com sua filha Maria Rita, com as duas cantando "Como nossos pais" (leia aqui sobre a ação). O filme dividiu opiniões.
O foco do estudo do YouTube está no avanço tecnológico que impacta a criação e o consumo de vídeos, que estão alterando a maneira como fãs e criadores colocam perspectivas individuais no centro do que fazem. O estudo traz três pilares: novos tipos de fãs, novos formatos e novas ferramentas.
As conclusões mostram que os fãs estão mais multifacetados, os formatos se ampliam e há mais acesso a ferramentas que aprimoram a experiência. Além disso, o uso das tecnologias baseadas em IA está se expandindo.
O fã de um determinado tipo de conteúdo, tema ou artista tem diferentes níveis de participação na plataforma. O casual, por exemplo, entra para ver algo que o relaxe. O ativo cria conteúdo em cima de outros conteúdos e o profissional se dedica a ponto de produzir vídeos com outras pessoas.
De acordo com o YouTube, o público tem vontade de consumir esse tipo de conteúdo: nos últimos 12 meses, 47% dos integrantes da Geração Z assistiram a vídeos feitos por fãs. Um deles é o conteúdo produzido pelo youtuber Lucas Vinicius que, há três semanas, subiu na plataforma um mash-up com músicas da cantora californiana Billie Eilish, em que ele toca diferentes instrumentos e canta junto com sua irmã Luana. Cerca de 800 mil pessoas já acessaram “5 minutes of Billie Eilish” (veja mais abaixo).
Shorts, lives, podcasts, paródias
Em relação aos formatos, o que se observou é a adesão cada vez maior a formatos diferentes por um mesmo criador. Isso inclui Shorts, vídeos mais longos, lives e podcasts. Também o público está propenso a mergulhar em conteúdos produzidos de variados modos. Uma pesquisa do Ipsos revelou que 68% dos entrevistados assistem vídeos sobre um determinado tópico em vários formatos.
Ou seja, a tendência é criar e consumir conteúdo em múltiplos formatos dentro da plataforma. Com isso, é possível atrair distintos perfis de públicos. Há quem prefira vídeos curtos, que podem funcionar como teasers de uma produção mais elaborada, preferência de outros usuários.
Os novos formatos também incluem vídeos feitos em cima de outro conteúdo. Um exemplo foi o sucesso do clipe “Zona de perigo” de Léo Santana. Ele se desdobrou em materiais como pessoas reagindo à canção e ao vídeo, entre elas, estrangeiros, e gatinhos “parodiando” o hit.
Tecnologias para melhorar a experiência e para criar com IA
Recursos para produzir vídeos ainda mais engajadores estão crescendo na plataforma. Algumas ferramentas estão em testes, mas há criadores com acesso a essas novidades para experimentarem com sua audiência as funcionalidades preparadas pelo YouTube. Uma delas é a opção de subir legendas no vídeo.
Atualmente, há a ferramenta para legendas surgirem automaticamente. Elas são geradas pelo Google. Agora, elas podem ser inseridas pelos criadores por meio da plataforma. Essa aplicação encontra adesão especialmente entre usuários da Ásia. Na região, são populares os chamados “silent vlogs”, em que os criadores não falam no vídeo. Com o novo recurso de legendas, eles podem inserir mais informações em seu conteúdo.
Outra novidade será a oferta de filtros para o formato Shorts. Ele está em testes e será lançado para todos os usuários no Brasil até o final do ano.
E, falando de tecnologia, a inteligência artificial tem permitido avanços no YouTube. O assunto, claro, é objeto de interesse do público e dos criadores, que têm dado atenção ao tema, gerando muito conteúdo. Em 2023, segundo a empresa, foram mais de 1,7 bilhão de visualizações de vídeos relacionados a ferramentas de IA generativa.
Mas e na produção do conteúdo em si? Ela também se faz presente. Que tal uma dublagem em inglês feita como se o criador estivesse mesmo falando na língua de Shakespeare. A ferramenta Aloud oferece esse serviço. No final de junho, o YouTube anunciou que o recurso, baseado em IA, estava chegando à plataforma. Por enquanto, está disponível nos EUA. Porém alguns criadores brasileiros já estão com acesso à ferramenta.
O canal Manual do Mundo fez um vídeo sobre descarbonização. O idioma do episódio 1 de “As árvores são feitas de ar” é o nosso, mas basta clicar no botão de configurações e escolher a faixa de áudio desejada: português original ou inglês dublado.
A IA generativa também está no YouTube. O grupo Linkin Park recorreu à tecnologia para gerar imagens que compõem o clipe da música “Lost”.
Veja os vídeos abaixo.
O relatório de Cultura e Tendências do YouTube pode ser conferido aqui.
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