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Qual é o nosso papel ante o desafio do trabalho escravo contemporâneo?
Em 2023, completaram-se 135 anos da instituição da Lei Áurea. Na assinatura, decretou-se o fim de um crime de proporções gigantescas cujo impacto se estende até hoje. Mas a palavra "escravidão" não foi extinta, nem o crime. O fato é que no Brasil atual convivemos com o flagelo do trabalho análogo à escravidão. Somente no período entre janeiro e junho, o Ministério do Trabalho e Emprego resgatou 1.443 pessoas nessa condição. É o segundo maior número desde o primeiro semestre de 2011, quando foram liberadas 1.465 vítimas dessa exploração.
O tema exige um comprometimento da sociedade e o Festival do Clube de Criação 2023 decidiu levá-lo ao palco principal do evento, no auditório Simon Bolívar do Memorial da América Latina, para provocar reflexões: que papel temos, como indústria da comunicação, diante dessas práticas criminosas? O painel “Trabalho escravo contemporâneo e a responsabilidade das marcas” será realizado neste sábado, às 12h.
Na mesa estarão Frei Xavier Plassat, coordenador da Campanha nacional de combate ao trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra; o jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto, diretor da ONG Repórter Brasil e colunista do UOL; a procuradora do trabalho Lys Sobral Cardoso, ex-coordenadora nacional de erradicação do trabalho escravo e enfrentamento ao tráfico de pessoas do Ministério Público do Trabalho. O ator Christian Malheiros também subirá ao palco. Ao lado de Rodrigo Santoro, ele estrela o aclamado filme “7 Prisioneiros” (2021), vivendo Mateus, um trabalhador migrante que, num ferro-velho de São Paulo, é submetido a um regime de trabalho análogo à escravidão.
A mediação do encontro é da jornalista Juliana Gonçalves, com passagens pela redação do Brasil de Fato e por Ceert, Alana e Preta Hub no terceiro setor. Em suas palavras, é fundamental que a sociedade repense esse desafio, prestando atenção às pessoas que têm seus direitos violados e ao sistema que ainda permite esse tipo de exploração. “Tenta-se criar uma memória branda, light, da escravidão, ancorada na virtude da miscigenação”, define. “É preciso mudar esse paradigma, que ainda beneficia o sistema produtivo predatório”
Leonardo Sakamoto, conhecido por seus escritos na área dos direitos humanos, pretende discorrer sobre a inserção do trabalho escravo no motor da economia brasileira. “Essa ainda é uma triste realidade da cadeia produtiva”, afirma. “É preciso discutir urgentemente a responsabilidade das marcas nesse processo”. A ONG Repórter Brasil, que dirige, foi fundada em 2001 por jornalistas, cientistas sociais e educadores com o objetivo de fomentar a reflexão e ação sobre a violação aos direitos fundamentais dos povos e trabalhadores no Brasil.
Para o Frei Xavier Plassat, que levará para o painel fotografias que registram cenas de trabalhadores em condições análogas à escravidão, é preciso eliminar o pensamento que naturaliza esse tipo de servidão e, por extensão, atenta contra a dignidade humana. De acordo com ele, o problema é mais grave do que parece, porque afeta também uma grande quantidade de trabalhadoras e trabalhadores domésticos.
“O papel da comunicação e da publicidade é fundamental nesse combate, porque são setores que podem instruir o consumidor”, explica o religioso. “O gesto de compra ou de recusa da compra certamente coloca pressão sobre as empresas que participam dessa cadeia de produção”.
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