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Festival do Clube 2023

Mulheres por trás das lentes

22.09.23

A fotografia é um tema constante na programação do Festival do Clube de Criação. Nesta edição, a 11ª, que acontece neste final de semana, no Memorial da América Latina, teremos uma mesa dedicada a profissionais com distintos perfis e trajetórias, mas com um ponto em comum bastante importante: são mulheres. O painel “Mulheres fotógrafas: movimentos rumo ao futuro e reflexões sobre o presente” será realizado neste domingo, às 12h30, na sala da Criatividade.

No palco estarão as fotógrafas Fernanda Tricoli, Marlene Bergamo e Nayara Jinknss. A mediação será de Mônica Maia, editora, curadora e produtora cultural. As histórias de cada uma se relacionam com a fotografia de maneira única.

Mônica é idealizadora do projeto Mulheres Luz, plataforma de pesquisa e publicação de conteúdos produzidos por fotógrafas e mulheres da imagem, lançado em 2021. Foi produtora da Mostra SP de Fotografia entre 2011-2022. Foi fotógrafa e editora da Agência Estado e dos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde. É colaboradora da Folha de S. Paulo desde 2012. Em 1999, foi a primeira brasileira a ser jurada do World Press Photo.

Fernanda formou-se em artes plásticas pela FAAP em 1998. Tem um estúdio-ateliê em São Paulo desde 2002. Atualmente, vem se dedicando a estudos na área de poéticas artísticas, além de fazer trabalhos comerciais. Na fotografia, colabora com prestigiadas empresas de comunicação. Iniciou sua carreira em 1997 na AlmapBBDO, realizando trabalhos premiados em festivais nacionais e internacionais. A publicidade foi o segmento que desenhou sua carreira profissional e lhe deu reconhecimento no cenário da fotografia brasileira.

Nascida e criada em Ananindeua, no Pará, Nayara Jinknss é educadora social, fotógrafa humanista e ativista LGBTQI+. Tem graduação em artes visuais e tecnologia da imagem pela Universidade da Amazônia (Unama). Faz parte do coletivo Mamana. Tatua, desenha. Atua no mercado fotográfico desde 2009 e assinou trabalhos para veículos como Folha de S. Paulo, UOL Ecoar e National Geographic Brasil.

Marlene Bergamo tem um nome conhecido no fotojornalismo. Nascida em São Paulo, entrou para a área pelo jornal Notícias Populares, em 1990, com a missão de fazer a cobertura de crimes. Cinco anos depois, ela passou a trabalhar na Folha de S. Paulo. Em 2007 e 2013, recebeu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Repórter Fotográfica. É coautora dos livros Brasil Bom de Bola e Carandiru. Registrou as filmagens de Bicho de Sete Cabeças, Boleiros, Carandiru e Sábado.

O Clubeonline ouviu Fernanda e Nayara para saber como estão as oportunidades para as profissionais que atuam nessa área hoje e como enxergam a fotografia. “A partir da minha experiencia como fotógrafa de publicidade no final dos anos 90 e início dos anos 2000, digo que era um desafio. Hoje parece que o mercado vem se organizando. Cargas horárias atualmente são bem definidas, equipes bem segmentadas. Mas sabemos que a mulher ainda carrega uma dupla jornada”, diz Fernanda.

Ela lembra do que aconteceu ao engravidar, aos 31 anos. Conforme a barriga crescia, as oportunidades apontavam para comunicações ao “estilo mamãe e bebê”. Seu filho nasceu prematuramente durante um trabalho para uma campanha de pomada para assaduras. Dois meses depois do parto, voltou para o estúdio, pois tinha uma parceria com uma rede de hipermercados que fotografava mensalmente com celebridades. Naquele retorno, a celebridade da ocasião pediu a troca de fotógrafo.

Sobre o futuro, Fernanda é otimista, embora se preocupe com o etarismo. Ela acredita que esta profissão é fundamental na comunicação.Gosto de pensar ainda no diálogo de profissionais de diferente gerações e na cocriação para encontrarmos melhores maneiras de contar uma história”. Ela recomenda que os novos fotógrafos se aprimorem no conhecimento técnico. “Aplicar a fotografia hoje pode demandar maior multiplicidade de meios de captação e até de invenção, como a Inteligência Artificial”, comenta, porém Fernanda observa que o conceito visual é o principal aliado para qualquer conteúdo de tradução de uma época.

Falar das linhas que marcam as fotografias que produz é uma tarefa muito difícil, conta Nay, como é chamada a profissional paraense. Por ter vindo das artes visuais, ela trabalha com múltiplas linguagens. “Faço várias coisas e acredito que isso modifica o corpo do meu trabalho. Ela começou com a fotografia há 14 anos. Um ponto que chama sua atenção tem a ver com suas raízes. “Meu território faz parte de tudo que faço, até para me reafirmar politicamente. O lugar de onde sou, a cor que tenho, meu gênero e minha sexualidade podem ser obstáculos para conquistar coisas”.

Algo que influenciou fortemente seu trabalho foi o entendimento de ser uma mulher preta. E ela destaca ser muito militante. “Vejo na fotografia uma grande ferramenta para a gente compreender e quebrar alguns estereótipos, para lançar outras propostas de pensamentos”.

Sobre desigualdades, Nay afirma que há todo um sistema no mercado que privilegia um grupo. Se for feito um recorte apenas sobre mulheres, ela observa que as brancas são favorecidas. “Temos muitas coisas a avançar. E seria muito importante ter todas as mulheres como aliadas, porém compreendendo sempre nossas interseccionalidades”. Do ativismo às artes, há um ponto que Nay destaca: "fotografe quem você ama. Fotografe não em nome da arte, mas a partir de uma troca".

Marque este painel na sua agenda.

Veja a programação completa do Festival do Clube 2023.

Serviço:

11º Festival do Clube de Criação

Patrocinadora premium: JCDecaux.

Patrocínio master (ordem alfabética): Globo, Google e Santeria.

Patrocínio/apoio (ordem alfabética): Adludio, Ama, Antfood, Apro+Som, At Five Gin, Barry Company, Broders, Canal Market, Canja Audio, Cervejas Avós, Cine, Droga5, Halley Sound, Kraft Heinz, Lucha Libre Áudio, Memorial da América Latina, Monkey-land, Mr Pink Music, Mugshot, My Mama, Nós - Inteligência e Inovação Social, O2 Filmes, Paranoid, Piloto TV, Publicis Groupe, Spotify, Surreal Hotel Arts, Tribbo, Unblock Coffee, UOL, Vati, Warriors VFX e WMcCann.

Ingressos estão à venda na plataforma da Sympla (aqui). Garanta o seu.

Dúvidas ou desejo de se associar? clubedecriacao@clubedecriacao.com.br ou Whatsapp do Clube: 11 - 93704-2881

Abertura dos portões e do credenciamento: 8h

Endereço Memorial: Av. Mário de Andrade, 664 - Barra Funda

Acesso pelo Metrô Barra Funda

Estacionamento no local

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