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Samantha Almeida, Lucas Paraízo e cia: o audiovisual importa
O Festival Acontece, da Globo reuniu nesta quinta-feira (11) cerca de 500 convidados e imprensa para um debate sobre o audiovisual no Brasil (leia aqui) e apresentou em sua programação o painel “Impacto Social e Comercial do Conteúdo”.
Samantha Almeida, diretora de diversidade e inovação em conteúdo da Globo, abriu o papo com a frase “O audiovisual importa" e recebeu os convidados Preto Zezé, ex-presidente da Cufa; MC Cabelinho, cantor; e Angerson Vieira, diretor executivo de criação da Africa Creative.
Os debatedores destacaram a evolução da pluralidade cultural nos espaços do audiovisual onde antes não se via diversidade, como foi sintetizado por Preto Zezé: “Precisamos ampliar essa mudança de mentalidade. Que a nossa diversidade seja festejada e naturalizada em todos os lugares de nosso convívio.”
Vieira falou sobre as marcas que estão se destacando neste novo cenário de inclusão e fazendo a diferença: “Somos profissionais do audiovisual e, por isso, temos uma responsabilidade muito grande na vida de muitas pessoas e de possíveis futuros”.
Painel Séries e Docs: novas narrativas
Em seguida, a jornalista Julia Duailibi recebeu um time de autores e diretores para o painel “Séries e Docs: novas narrativas”. Os participantes falaram sobre a razão do sucesso desses formatos e o futuro dessas produções, que atraem um público estimado em 115 milhões de pessoas, no Globoplay.
O autor de “Uma Família Feliz”, Raphael Montes acredita que as séries se tornarão cada vez mais híbridas com as novelas, com elementos melodramáticos. Contou que também utiliza o algoritmo como uma forma de dialogar com a audiência.
Monica de Almeida, diretora de gênero e auditório da Globo, vê os documentários com ganchos próximos aos da ficção para contar uma história real.
Outro ponto abordado foi a importância da inovação para garantir a longevidade dos formatos.
A cineasta Susanna Lira acredita que a diversificação é o caminho para manter vivo o audiovisual e destacou a importância da preservação da história da TV e dos arquivos da Globo: “O documentário do Casagrande, por exemplo, foi feito com 80% de material de acervo”.
Juan Julian, autor e roteirista, acredita na riqueza que pode vir de novos olhares para histórias que já fazem parte do dia a dia dos brasileiros.
Lucas Paraizo, autor aclamado de sucessos como “Sob Pressão” e “Os Outros", defendeu a união dos formatos e dos recursos do audiovisual: “O produto audiovisual ganha relevância com a junção do propósito e do conceito com o entretenimento”, concluiu.
Leia anteriores sobre o assunto aqui e aqui.
Priscila Serra cobriu o evento, representando o Clube de Criação.